quarta-feira, 31 de agosto de 2011

{Resenha} Não sou este tipo de garota de Siobhan Vivian


Sabe quando um livro acaba de pegando desprevenida, não porque ele seja muito bom, mas pelo que você pode encontrar dentro dele?

Não sou este tipo de garota, não poderia ser considerado uma excelente história, esta mais para o tipo lição de moral, que facilmente poderia ser adaptado para um filme de sessão da tarde.

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Natalie Sterling é um modelo de pessoa, excelente aluna, filha e amiga. Tudo na sua vida é devidamente planejado, e ela leva essa vida do jeito que quer, sem surpresas, sem se arriscar. Ela é completamente cética e gostaria que todos entendessem que viver o ensino médio possui pequenas regras que quando cumpridas, te levam ao ultimo ano sem problemas. 

No ultimo ano do colégio ela que tem o histórico impecável se candidata ao conselho estudantil. Tudo parece esta indo bem, mas a entrada de uma nova aluna caba tirando Natalie dos eixos, pois tudo que ela acredita é colocado a prova.
O que me fez gostar tanto do livro, não foi a história, foi a personagem, não pelo que ela faz, mas pelo que ela é, sua personalidade.


O livro em si é uma lição de vida para Natalie. Ela julga tudo e a todos, e acha que esta acima de tudo isso. Mas mesmo assim tem um bom coração e tenta ajudar os outros, mesmo que isso não seja da conta dela. Mas sua vidinha perfeita e controlada começa a desmoronar depois que Spencer, na qual ela foi baba, entra na escola e mostra que não esta nem ai para nada. A necessidade que Natalie sente de proteger  Spencer acaba levando ela para algumas confusões e ao longo de toda o livro ela acaba cometendo muitos erros que acabam magoando todos ao seu redor. 

O negocio do livro é que ele me prendeu do inicio ao fim, não conseguia parar de ler ele. No fundo eu só queria saber o que ia acontecer com a Natalie, será que ela teria um final feliz? Aprenderia com seus erros? E passaria finalmente a viver a vida dela e parar de pensar no que os outros pensam.

A leitura flui fácil, e os capítulos são curtos. Houve apenas alguns equívocos, principalmente na falta de desenvolvimento de alguns personagens, ou a raiva que me deu como algumas pessoas podem ser tão hipócritas e virar a cara para voce, e isso inclue no caso do livro até os professores.

Mas o que me surpreendeu tanto nesse livro? A personagem Natalie. 

Porque?

Nunca em minha vida literária, nenhum dos quase 300 livros que eu já li, encontrei uma personagem tão parecida comigo. E quando digo parecida, não tipo, “nossa ela é igual a mim”, da boca para fora. É mais tipo, ela é completamente igualzinha a mim, em todas as suas qualidades e defeitos. E quando digo igualzinha, é porque é igualzinha, tanto seu jeito de ser, como suas decisões.

E foi isso que me prendeu ao livro, eu queria saber o quão parecida ela seria comigo, e a cada pagina que eu virava eu me surpreendia. Deixando a parte a história de Natalie apresentada do livro, que nunca aconteceu comigo, era como se eu visse a mim mesma por um outro lado, as coisas boas e as coisas ruins. Ver através de outro ponto de vista o quanto você pode ser chata e nem perceber o que acontece ao seu redor, ou ao menos parar de se preocupar com que os outros pensam e sair um pouco dos planos, se divertir, arriscar. Foi como se eu voltasse no tempo da escola ( que nem faz tanto tempo assim) e visse como a minha vida era, e que se eu quisesse poderia ter mudado e aproveitado mais, talvez levando a mesma lição de vida que a Natalie, que aprendeu da pior maneira quais foram seus defeitos e o que ela poderia melhorar.

Todos os acontecimentos do livros são causas e consequências do que Natalie faz, e muitas das coisas são lições que todas as garotas deveriam saber. Apesar de o colegial não ser nem de perto parecido do High School americano, há sempre algo que podemos aprender. Em determinado ponto do livro, alguém (não posso dizer quem, para não soltar spoiler) simplesmente abre os olhos de Natalie para seu verdadeiro problema. Uma simples frase ficou martelando e martelando na minha cabeça, como uma espécie de lição a ser refletida.

“É tarde demais, porque você diz que é tarde demais.”

Não sou este tipo de garota, foi definitivamente especial para mim, por que fez eu repensar tudo aquilo que eu fiz, e se assim como a Natalie eu deveria relaxar e mudar. Curtir um pouco a vida.

domingo, 28 de agosto de 2011

{Resenha} Anna e o beijo francês de Stephanie Perkins



Ultimamente eu ando meio avoada do mundo literário, e da vida online também, os acontecimentos na vida pessoal e profissional são muitos, portanto eu estou com muita coisa atrasada. Inclusive as resenhas, que eu adoro fazer, e pelo fato de saírem mais rápidas vão ser as primeiras que eu colocarei em dia. Por isso resolvi começar do livro mais recente que eu li.

Anna e o beijo francês, foi um livro que eu li somente uma resenha, há um bom tempo atrás, e simplesmente não tive vontade de compra-lo. Mas esta semana em que eu estava em um momento muito agitado de minha vida, a única coisa que me acalmou foram os livros, e só nessa semana foram três de uma vez. Com meu novo emprego (sim, estou em um novo emprego, depois dedico um post somente a isso), pertinho do shopping, tenho a oportunidade de passar pela livraria todos os dias, e na primeira vez que eu passei pela livraria, com o único intuito de comprar qualquer livro que me acalmasse, já que na noite anterior eu tinha terminado de ler Não sou este tipo de garota, e nenhum dos livros que estão parados na minha estante desde o ano passado me atraíram (tenho Linger, I am number four, Firelight e Terra de Sombras), depois de uma voltinha vi Anna e o beijo Frances, por apenas vinte reais, não pensei duas vezes e arrisquei compra-lo.

Depois de toda essa história melodramática vamos ao livro.


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Que na verdade é super gostoso de ler. Eu achei ele muito fofo, e voltei aos meus tempos de livros infanto-juvenis da Meg, principalmente por causa do nome do livro, que foi a única coisa que eu não gostei do livro, além da sinopse, porque acaba trazendo a ideia errada da história do livro. 

Anna é uma jovem americana que esta indo para seu ultimo anos da escola, mas tudo mudo quando seu pai, que é um escritor superfamoso (tipo Nicholas Sparks), resolve manda-lá para um colégio americano na França. Anna obviamente odeia a ideia, passar o tão sonhado ultimo ano da escola longe dos amigos e da família, além de tudo num pais em que ela não sabe falar uma palavra em francês.

Lógico que Anna esta triste, mas ao contrario de muitas personagem que eu já li por ai ela não pira, na verdade Anna é super relax, e acaba se dando bem no colégio. Logo arranja uma turma de amigos que passam a incluir ela em tudo. O problema é que entre esses novos amigos esta Étienne St.Clair, um americano filho de francês,mas que morou na Inglaterra e portanto tem o maravilhoso sotaque britânico, além de ser lindo de morrer. O problema é que ele já tem namorada.

E é ai que a sinopse do livro acaba nos levando a pensar que a história vai para um rumo previsível. Acontece que Anna sabe da situação de St. Clair, e por isso reprimi todo e qualquer sentimento que possa surgir, mas isso não impede que os dois se tornem amigos. E isto que é o legal do livro, Anna e St. Clair constroem ao longo do livro uma grande amizade, do tipo melhores amigos, cheia de companheirismo e entendimentos. 

Ao longo do livro Anna vai conhecendo Paris pelas melhores maneiras possíveis, ao mesmo tempo amadurecendo e aprendendo com a vida. As cenas em que ela sai da escola para conhecer a cidade são muito gostosas de ler, você acaba entrando no clima da cidade. E quando ela entra na livraria Shakespeare and Company?? E vê toda aquela bagunça? (Abre aspas, que no dia que eu for para Paris eu vou visitar esta livraria).

Mas o livro não é só feito de bons momentos vividos em Paris, e por isso que ele acaba saindo um pouco do clichê. Primeiramente acaba sendo inevitável para Anna sentir algo a mais por St. Clair, principalmente depois das rasteiras que ela acaba levando ao longo do livro. Quando ela e St. Clair estão juntos, é impossível não sentir a tensão sexual emanando dos dois, mas cada um tem consciência de que levar a amizade para outro nível é errado, e isso acaba magoando por demais os dois.

A partir deste ponto, comecei a nutrir uma raiva por St. Clair, que apesar de ser uma boa pessoas, fez as escolhas erradas, e por isso acabou magoando os outros e a si mesmo, por muitas partes do livro fiquei com  muita raiva dele, queria simplesmente dar uma sacudida e falar “Alôoooo!!! Acorda pra vida meu filho”. Enquanto que a Anna, por muitas vezes foi passional, mas sempre sendo sincera, por isso gostei dela, ela foi extrovertida e autentica, mas sempre disse a verdade.

Confusões a parte, o livro é uma ótima pedida, para relaxar, e conhecer um pouco de Paris. Mas também para mostrar que as decisões erradas podem nos levar para caminhos diferentes onde só encontramos magoas.


Nota: 4/5

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

{Divagando} O fascínio das novelas


As vésperas de mais um final de novela, o país se prepara para sentar-se a frente de seus televisores e constatar mais uma vez um final previsível de novela. 



Simmmmm! Os finais são sempre previsíveis, quase não há surpresas.


Eu, como uma reles mortal, que nem costumo assistir novelas, pois meu tempinho sagrado não permite, não resistirei a tentação de assistir hoje com a família o ultimo episodio. Mas assim como eu milhares de pessoas farão a mesma coisa, não porque acompanham assiduamente, mas pelo simples interesse que isso gera. Simplesmente para nos darmos bem com uma novela, só precisamos assistir ao primeiro e ao ultimo capitulo, ficamos ao mesmo tempo satisfeitos e acabamos não perdendo o nosso precioso tempinho.


As novelas são para os brasileiros aquilo que as séries são para os americanos, a única diferença, é que graças a Deus as novelas tem um final, e rápido, somente alguns meses… nada de vinte temporadas da mesma trama, ou mais, afinal de contas não tempo um recorde por ai de “a novela mais longa da história”?



Mas voltando ao assunto, “o final da novela”…. mesmo que você não tenha assistido mais que a metade dos episódios, mesmo que você nem goste da novela, todo mundo sempre sabe o que esta acontecendo, esta definitivamente no sangue do brasileiro, assim como todo mundo acaba assistindo o BBB no final, a novela também tem seu espaço.
Como ex-noveleira nata, hoje me encaixo no grupo que assiste as novelas na primeira e na ultima semana, o mesmo se aplica as séries, depois de um tempo de maturidade, acabamos por perceber a perda de tempo que tal atividade nos trás.



***


Disse que os finais de novela são previsíveis, e atualmente são mesmos, a não ser que algum personagem crie asas e saia voando, nada de novo acontece na televisão, 99% das novidades já foram inventadas. Sobra para os autores intercalarem os “modelos” de finais previsíveis  que mais se adequam ao publico. Por mais inesperado que seja um final, nada é novo, então vamos aos clichês:


1. Quem matou

O famosos “quem matou tal personagem?”, permeia muitas novelas há um bom tempo, segundo minhas pesquisas, desde a novela Vale Tudo da Globo (me corrijam se estiver errada). Em algumas novelas tal frase permeia mais de metade da novela, como o famoso “Quem matou o Lineu” (não me lembro de qual novela é essa frase). Atualmente todos querem saber quem matou a Norma, pelo menos o autor só decidiu matar ela essa semana, mas como sempre só no ultimo capitulo é que o assassino é revelado e sempre é a pessoa mais obvia que ninguém apostava por ser obvia demais.




2. Forjando a própria morte

Nesta novela, que forjou a própria morte foi o Léo(?); caso normal para o vilão se safar das acusações, mas hoje suponho que ele será pego. Mas nada se compara ao vilão esperto se safar no ultimo capitulo, lê-se aqui a Clara(?) de Passione, que passou todo mundo para trás. Afinal, se for para ser bandido, que seja um bandido esperto.


3. Morte/ sequestro/ ameaça

Pode não ser no ultimo capitulo, mas algo de ruim acontece, porque para a o vilão ter mais crimes na sua ficha criminal ele tem que fazer algo muito ruim nos últimos capítulos da novela, deixando ela no clímax, e aumentando o IBOPE.


4. Casamentos


Porque final de novela sem casamento não é final de novela. É clichê, mas todo mundo gosta, o casamento sela o felizes para sempre que temos nos livros, mostrando que ainda podemos ser felizes neste mundo cruel.





5. Filhos

Assim como há casamentos, há nascimentos. E muitos as vezes, também é uma demonstração de felizes para sempre e mostra que os casais continuarão juntos.


6. Justiça
 
O vilão, em 99% dos casos é punido, com justiça, o que muita vezes não reflete a realidade, mas como é novela, é autor quem escreve e escolhe o final, então se o autor que que o vilão seja punido, ele será punido.





7. Alguém sempre se dá mal

Quando digo que se dá mal, não é a justiça, esse “sempre se da mal” é para aqueles personagens que aprontaram pequenos delitos, ou se “achavam” na novela, geralmente eles tem um pequeno castigo pelos seus atos.


8. Lição de vida

Alguém sempre leva uma lição de vida, seja pelos seus preconceitos, seja pelas suas atitudes. As novelas sempre tentam passar algo de novo para as famílias brasileiras, mostrando que podemos ser boas pessoas e mostrando como exemplos.


9. Novos casais
Eles passam a novela toda ou solteiros, ou só se metendo em enrascadas amorosas, nunca encontram sua cara metade, mas no ultimo episodio SEMPRE aparece alguém do além para formar um par, como se isso acontecesse na realidade (o que não é verdade).





10. Festa
Toda novela termina em festa, não tem como, parece uma coisa impressionante. Há uma festa, seja a do casamento, aniversario, mas a novela sempre acaba com todo mundo feliz, sorrindo sendo amigável.







***




Se um final de novela não se encaixar num destes clichês, então esta novela é anormal. Mas o que hoje percebemos é cada vez menos o púbico esta ligado nessas coisas, vemos isso pela considerável queda de audiência da televisão em geral. Será o brasileiro tomando novos rumos?


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

{Resenha} Hex Hall de Rachel Hawkins



Quando eu ouvi falar deste livro, não me chamou muita a atenção, a Galera Record fez um certo suspense para mostrar a capa do livro, que é esta da foto, mas eu sinceramente prefiro mil vezes a americana. Eu li a sinopse do livro e ele simplesmente não me atraiu, achei que era mais um livro da moda, portanto, meio que não adicionei ele as minha leituras.

Num momento entre leituras, vi ele no domingo, e bom, pensei, Por que não ler?

Li a primeira pagina do livro, e só parei 4 horas depois, na ultima página. Sim!! Eu simplesmente não consequi parar de ler o livro, não houve ninguem que conseguisse tirar ele da minha mão. Foi definitivamente uma das leituras mais rapidas e gostosas que eu já tive. 


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Sophie Mercer é uma bruxa, ela sabe disso a pouco tempo. A mãe de Sophie não é bruxa, mas atraves dos livros e breves consultas ao pai ausente de Sophie ela ensina tudo o que pode para filha. O problema é que Sophie não consegue controlar seus poderes tão o que sempre a mete em enrascadas. Mas quando um feitiço de amor sai muito errado, Sophie é setenciada a ir para Hex Hall, uma especie de reformatório, para Prodigios, que como ela fizeram algo de errado.
Hex Hall tem todos os tipo de seres, bruxas, fadas, lobisomens… Lá Sophie se depara com mais problemas, arranja inimigos, faz amigos e se descobre no meio de uma série de ataques que começa a ocorrer dentro da escola.










Ok. Eu amei o livro, mas a série me conquistou mesmo no segundo livro “Demonglass”. Mas este livro é muito gostoso de ler. Primeiramente, não estamos falando de mais uma história de amor entre seres sobrenaturais, não que não haja uma paixão ali ou aqui. O foco do livro, simplesmente não é este, e foi uma das coisas que eu mais amei, ele tem uma pegada meio Instrumentos Mortais e Vampire Academy, os estilos são bem parecidos (Não estou comparando as histórias!!! )

O livro é muito gostoso de ler, simplesmente não dá para parar a leitura, devorei cada pagina que pude. Sophie não sabe nada sobre bruxas e chega a ser um pouco inocente, mas ela não consegue se controlar e se mete em varios problemas nos seus primeiros dias de aula. Como a cena em que ela tenta jogar um feitiço num menino quando ele caçoa dela… ela é simplesmente impulsiva e é isso que eu mais gostei nela, ela age!

Quando vemos a sinopse do livro, como eu, voce pode achar o livro meio bobo. Mas ele vai melhorando e muito ao longo da história, com as novas descobertas de Sophie, sobre sua vida e sobre que esta ao seu redor, e o desenrolar da história é fascinante, te deixa sem folego e faz voce querer Demonglass o mais rapido possivel (foi o que eu fiz, santa Livraria Cultura que tinha o livro!). O livro acaba no CLIMAX, mas até ai ele já te conquistou!

Ahhhh e os personagens??? Amei a vampira Jenna, superfofa, a propria Sophie e apesar de ele não ter o destaque que merece neste livro gostei do Cal também!

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Não falei que a capa americana é muito  mais bonita? Vou acabar comprando o livro em ingles só para poder ficar com a coleção bonitinha!
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