domingo, 4 de agosto de 2013

Por onde ando?

Galera!

Eu sei que faz tempo que não passo por aqui, e já deveria ter vindo aqui há mais tempo, mas simplesmente esquecia.

O negocio é que eu não abandonei aqui, eu só abracei outros projetos e tomei algumas decisões que impactaram aqui.

Não vou dizer que fecharei o blog, pois nunca sabemos o dia de amanha. Eu continuo super na ativa, escrevendo que nem uma louca (e lendo também), só que não mais aqui.

Então queridos leitores, meu novo projeto de tempo integral é escrever em outro site, por isso os convido para curtirem e acessarem o site Café com Blá Blá Blá

Sem esquecer que tenho uma coluna mensal no site Eu leio, eu conto. Onde faço listas e tops do mundo literário.

terça-feira, 2 de abril de 2013

O show que mudou a minha vida - The Killers

Sabe quando você espera anos e anos para poder ver um show de alguém que você realmente gosta??
Não só isso, esperar pelo momento certo de poder ir ao show, pois todas as outras oportunidades foram perdidas. Hoje me sinto feliz em dizer que já fui ao show das minhas 3 bandas favoritas: Oasis, The Strokes e finalmente The Killers! (Sim! São só essas por enquanto)

Foto Oficial do Festival

A primeira vez que eu ouvi The Killers, eu ainda era uma pirralha que assistia MTV e era fã do Green Day. O primeiro contato foi logo na estréia do clip Somebody Told Me, que foi a primeira música de trabalho da banda profissionalmente, foi quase amor a primeira vista. 
Digo quase, porque naquela época a internet não era tão disseminada, portanto não tínhamos YouTube e as outras milhares de ferramenta que nos permitem explorar mais as novas bandas que surgem por ai. 
Mas tão logo tive acesso as essas ferramentas comecei a amar a banda e a cada música que eu ouvia me sentia mais e mais próxima a um estilo musical totalmente diferente do que eu tava acostumada. 

Como aconteceu com as minhas outras bandas favoritas, a primeira vez que eles vieram para o Brasil para o Tim Festival (como os Strokes), não pude ir pelo horário do show, preço do ingresso e falta de companhia. A segunda vez foi a mais dolorosa de todas. Eu havia conseguido o dinheiro, mas por um imprevisto do destino tive que usa-lo para outra coisa, logo fiquei mais uma vez sem ir no show.

Portanto a ansiedade de ir num show da banda só foi aumentando e aumentando. A cada ano eu esperava ansiosamente por uma nova passagem deles aqui pelo Brasil. Eles chegaram a vir fazer show aqui na América do Sul, mas não vieram aqui para o Brasil.

Chegou um álbum novo, e junto com um dos maiores festivais do mundo (Lollapalooza), eles resolveram dar uma passadinha por aqui. Não precisei pensar duas vezes antes de definir com a Fanny, que nós iriamos no show, a qualquer custo. Primeiro dia de pré-venda de ingressos e lá estávamos nós com o ticket garantido e agora era só esperar longos meses pelo show.

The Killers é hoje, a minha banda favortita. Sou fã de carteirinha, não do tipo tiete, porque já passei deste tempo. Mas do tipo que se identifica completamente com as musicas, cada vez que eu escuto uma musica deles é como se algo se completasse, é como se eu me sentisse parte de algo, sendo capaz de fechar os olhos e me perder dentro das letras. Então digo, que se voce ainda não escutou a banda, corre lá.

Antes do show:

Chuva e frio
Vamos dizer que apesar de longo, o tempo entre o anúncio do show, a compra do ingresso e o dia do show passaram voando, e quando eu menos esperava, já estávamos na semana do show. Eu não sei o que aconteceu comigo, mas eu meio que entrei num mundo paralelo. Eu só sabia falar do show, eu ouvia The Killers o dia inteiro e quando não estava ouvindo eu cantava sozinha no trabalho. Todos os dias parava na janela do meu trabalho (que é no 22º andar), e ficava olhando de lá o Jockey Club, vendo todos os palcos sendo montados.

Uma coisa eu digo para voces, não vale a pena ir em um show se não for para ver de perto. Nem que para isso eu tivesse que ou pagar uma fortuna no ingresso ou sofrer horas numa fila em pé. Infelizmente o ruim de festivais, é que quando voce vai para assistir somente uma banda, que coincidentemente é a ultima a se apresentar (headline), voce tem que assistir todas as outras bandas que vem antes, aguentando a ansiedade do ultimo show, aquele que voce realmente quer ver.

Galera da grade
Enfim, para vermos o show de pertinho. Fanny e eu fizemos quase um plano de guerra, com tudo detalhado como iriamos ir, quer horas chegariamos, qual o portão mais perto do palco, em que local iriamos ficar para ver melhor o show. Tudo foi planejado, porque nada, NADA poderia dar errado em um dia tão especial.
Nem mesmo a chuva, o frio, o calor e a lama nos atrapalharam nossos planos. Tudo saiu conforme o planejado, e depois de correr a maratona da minha vida, que se resumia do portão de entrada até o palco (sem brincadeira, deveria ser quase 1 km), consegui "marcar o território" na grade, de onde só sairia depois do show.
Apesar de alguns (2 shows) bons durante o festival, no palco principal. A ansiedade só aumentou e aumentou ao longo da espera pelo show que eu realmente queria ver, simplesmente parecia que o tempo não passava e que os minutos corriam em camera lenta.

O Show:

Se eu disser para voces que lembro de cada parte do show, seria um mentirosa. O que eu posso afirmar com certeza foi que senti o show como nenhum antes. Foi definitivamente o melhor show que já fui até hoje, e tenho certeza que continuará sendo por um bom tempo, pois acho que poucos superarão o que The Killers me fez sentir naquela noite de sexta-feira. O momento de ver o show era aquele, e também era o meu momento. Pode soar piegas, mas houve uma espécie de sintonia perfeita entre eu, a banda, o show e as músicas.

Se pulei do início ao fim do show? Sim.
O Brandon não é o vocalista mais lindo do
mundo???
Se cantei da primeira a ultima música? Sim.

E por incrível que pareça, não houve aquele momento em que eu mais ansiava, nem aquela musica em que mais aguardava ouvir. Todas as musicas eram especiais demais para que eu destacasse uma só. Todas as letras eram boas demais para que eu não cantasse. Foi simples assim, curtir do primeiro ao último momento, na grade, o mais perto possível da banda quanto era possível, assistindo de pertinho, vendo e curtindo realmente o show.

O momento em que eles tocaram, foi o momento em que descolei do mundo e simplesmente curti e vivi aquele momento, momento este que esqueci de todos os problemas seja da vida ou seja daquele mesmo dia. Porque no fim, tudo valeu a pena. Do começo ao fim do show, que digamos, passou muito rápido. Eu realmente entendi porque eu não só gosto desta banda, como amo. Se entrei como fã, saí de lá como uma adoradora, porque a unica coisa que faria aquela noite ter saído mais perfeita, era ter mais umas 2 horas de show para eu curtir, pular e cantar.

Depois do show:

Posso apenas dizer que as 12 horas depois do show, fiquei em uma espécie de estado de choque. Uma espécie de transe, em que parecia que aqueles 90 minutos de show foram apenas um sonho, ao mesmo tempo que eu ficava lembrando de cada momento passado lá. As músicas, chuva de papel picado, fogos, cantar junto. 
Parece que tudo é uma vaga lembrança, se não fosse pelas fotos, pelos videos e pelas músicas que eu continuo ouvindo constantemente.

She said
I don't mind
If you don't mind
Cuz I don't shine
If you don't shine
Put your back on me
Put your back on me
Put your back on me
     - Ready my mind

Saber que voce participou de um momento tão especial, e que dificilmente será superado, é como se algo se completasse dentro de voce. Não me achem a estranha, a música existe para ser apreciada, e me sinto feliz em dizer que encontrei a banda que faz com que eu ame a cada dia mais e mais ligar o meu ipod, e simplesmente curtir o prazer de escutar música. Pode ser que amanhã eu não sinta este mesmo sentimento ao ouvir The Killers, pode ser que meu gosto mude (acho difícil , mas sempre que eu tiver a oportunidade de ir num show deles, seja aqui no Brasil ou em qualquer outro país, pode ter certeza de que irei. Para ao menos tentar sentir algo parecido com que o que vivi nos 90 minutos de show.


Galera! Agora o momento inveja! Sabe a primeira foto deste post? É a minha foto favorita do show, e não foi porque eu tirei ela, e sim porque estou nela!

É a foto que eu ando mostrando para todo mundo: 

Olha só quem estava na grade!!!!!! *.*


quarta-feira, 20 de março de 2013

Divergente de Veronica Roth

Essa semana, em meio a minha quase depressão, estava em casa sem muita vontade de ler, e sinceramente sem vontade de fazer qualquer outra coisa, quando vi na internet que tinham escolhido o atora para fazer o personagem Four na adaptação do livro Divergente. Ver essa noticia foi como um disparo mental para eu repensar na história, pegar o livro e acabar relendo.

Este tipo de coisa vive acontecendo comigo, e desta vez eu aproveitei para refrescar minha mente para iniciar logo a leitura do segundo livro Insurgent, que esta na minha estante desde outubro do ano passado. Ao reler o livro, vi que não tinha resenhado ele por aqui e pensei, por que?

Novamente em um mundo "pós-apocalíptico", vulgo, distopia, os EUA agora são divididos por facções dedicadas a uma virtude. Assim, exitem a Abnegação, Erudição, Amizade, Audácia e Franqueza. Quando chegam aos 16 anos, os jovens que nasceram nessas facções são submetidos a testes de aptidão, que irão determinar para qual facção esses jovens tem maiores inclinações. Feito isso, o jovem deve escolher em que facção ficará.

Para a jovem Beatrice, as coisas não são tão fáceis assim, nascida na Abnegação, ela não se sente bem abrindo mão de tudo na vida e seus testes supreendentemente dão inconclusivos. Contrariando a sua família e seguindo seus instintos, Beatrice resolve mudar de facção e ser uma iniciada na Audácia.
Beatrice, agora vira Tris, e deve encarar o difícil processo de iniciação de sua nova facção, onde ela será testada ao limite, para que mostre que realmente pertence a Audácia. Mas Tris, tem que guardar seu maior segredo, que pode colocar a sua vida em risco, em meio ao um mundo em que até mesmo as facções escondem segredos.

Resumindo, a história é esta. Um pouco maluca, e muita gente pode trazer a tona que Jogos Vorazes é bem semelhante. Apesar disso, Divergente me conquistou mais facilmente do que Jogos Vorazes. O livro corre num ritmo frenético, e mesmo nesta maluquice distópica  eu me encontrei bem mais familiarizada com o enredo. Não há o que criticar no livro, ele é simplesmente apaixonante de se ler.
Apesar de não fugir muito do tema que permeia todas as distopias, de que sempre há uma conspiração maior, nada disso aparece até a parte final do livro, que realmente entra em ritmo digno de filme hollywoodiano.

O legal da história, é ver como Tris, começa a conhecer a si mesmo em meio a iniciação da facção Audácia, como ela descobre a sua força, sua inteligencia e como parece conseguir tomar as decisões corretas. Sinto que neste primeiro livro foi construída e moldada a personalidade de Tris, assim como o conflito principal foi colocado somente ao final do livro, para que tivéssemos tempo de nos acostumar como anda a carruagem deste governo e como pensa cada facção.

Não podemos nos esquecer, obviamente, que o livro também tem um que de romance. O personagem citado lá no começo deste post, Quatro (isso mesmo, em inglês é Four), apelido totalmente explicado na história é o nosso "mocinho". Ou não tão mocinho assim, já que ele faz nossa mocinha comer o pão que o diabo amassou, mas tudo isso é explicado, o que só nos faz gostar mais dele.

Apesar das opiniões contrarias, eu realmente considero Divergente melhor do que Jogos Vorazes por enquanto, a história me encantou mais, a escrita fluiu graciosamente e em nenhum momento senti que o livro saiu do eixo. Como já explicitado antes, o livro vai virar filme!

Série Sociedade Secreta de Diana Peterfreund: 5 motivos para ler

Por meio desta eu confesso: 

Viciei na série sociedade secreta.


Sem querer de repente eu fiquei com vontade de ler essa série. Sinceramente quase não li resenhas desse livro, e se fiz, foi a muito tempo. Apesar das resenhas positivas, a sinopse do livro nunca tinha me chamado a atenção. Mas então certo dia fiquei com vontade de ler o livro e sabe quando isso fica na sua cabeça, e se parece que voce não consegue seguir em frente até conseguir o que quer?

Infelizmente encontrar o livro não foi nada fácil. Parecia que em nenhum lugar tinha o livro (vulgo na internet), os principais sites de livrarias tinham estavam sem o primeiro livro disponível em estoque. Mas santa Livraria da Vila, que mais uma vez me salvou, são as regalias de ter uma das melhores livrarias do lado do meu trabalho.

Mesmo sem ter muita certeza do que iria encontrar na leitura, comprei ao o primeiro livro para ver como era, e embarquei na leitura sem saber exatamente o que esperar da série. E hoje me sinto aliviada por não ter formado nenhuma expectativa da leitura e simplesmente ter curtido cada um ao seu momento.

Amy Haskel esta no penúltimo ano na universidade de Eli. Umas das mais importantes dos EUA, inclusive fazendo parte da Ivy League *. Ela é editora da revista literária da universidade e sonha ser convocada para a sociedade secreta Pena e Tinta, onde todos os editores da revista entram.
No dia de sua convocação,porém, Amy é chamada para a Rosa e Túmulo, uma das mais secretas e exclusivas sociedades do mundo. Algo muito estranho, pois A Rosa e Túmulo não aceita meninas. Em meio aos diversos trabalhos da faculdade e um amigo colorido, Amy agora terá que lidar com um dos grupos mais elitistas dos EUA, e que pode ajuda-la a crescer na vida, mas a vida de coveira (uma iniciada na sociedade secreta) não é nada fácil e estar a frente desse grupo pode ser mais um problema do que uma solução.

Essa foi a melhor sinopse que eu consegui escrever, e realmente não atrai muito o leitor. Voce pode estar se perguntando. Sociedades Secretas? Que viagem, deve ser mais um livro do tipo Código da Vinci (nada contra, eu realmente gosto dos livros do Dan Brown). O livro é tudo isso e nada disso. Estranho né?

Acontece que Sociedade Secreta é uma das poucas séries Young Adult, realmente boas que encontramos por aí. O livro e os elementos da sociedade secreta são só mais um tempero para mostrar como a vida na faculdade pode ser dificil (como eu sei bem) e que esta é fase mais dificil da vida, pois é ai que tomamos decisões que definem nossos futuros.

Quando eu li o primeiro livro da série, eu simplesmente amei a história! O que fez com que eu fosse no outro dia comprar os outros tres livros da série, apesar do preço! A parte boa, é que todos os livros já foram lançados, então nada de ficar esperando! Depois de ler todos os livros em tempo recorde, fiquei aqui pensando que eu deveria dar algumas razões para VOCE ler esta série!

1- Nada de mocinhas frescas

A melhor coisa desta série é que a nossa personagem principal é sensacional! Esqueça as menininhas mi-mi-mi que encontramos por aí. Amy Haskell é uma jovem não tão decidida (ora, mas que é nesta fase da vida?), mas que não fica dissecando cada evento de sua vida. Seus casos amorosos não guiam a história e o melhor de tudo é que voce pode realmente se identificar com ela, pois Amy é uma das personagens mais reais que já li. É de deixar voce com o sorriso no rosto como Amy pode ser esperta e manipuladora as vezes. (Vide o 3º livro). Para não falar que ela é pegadora, sem medo de ser feliz. (=P)

2- Faculdade

Raros livros se passam nesse periodo da vida, há realmente uma escassez deste tema no genero. Mas sociedade secreta, não só se passa na faculdade, como voce se sente lá dentro. Para eu, que já estou formada, é gritante ver as diferenças do que é a faculdade aqui no Brasil e lá nos EUA. Mas também tem muitas semelhanças (como a carga de estudos, monografia, festas), o que só nos aproxima mais da história. Não podemos esquecer todo o tipo de decisão que encaramos nesse período  a decisão de nosso futuro, os estágios, a incerteza.

3- Poe
Sabe aquele personagem que só cresce ao longo da história? Poe foi construído ao longo de 4 livros, a sua transformação de coadjuvante para principal se deu de forma sutil, porém essencial na história. Poe é o timo de menino, ame-o e odeie-o (sim! ao mesmo tempo). Voce tem quatro livros para decidir, eu sinceramente amo-o.

4- Sexo, festas e a realidade da faculdade

Sem medo de colocar em sua história como é a juventude americana, Diana colocou em todos os seus livros os elementos presentes na juventude. A sexualidade de alguns personagens é discutida abertamente, as pessoas tem casos amorosos sem que isso cause grande furor. Ou seja, nada de supervalorizar um assunto que é comum a todos, afinal nenhum personagem nessa história é inexperiente. É como um balde de agua  fria nessas histórias que supervalorizam a ingenuidade (lê-se outra coisa), quando na realidade a coisa é bem diferente. As pessoas bebem, badalam até de madrugada, fazem sexo sem compromisso... entre outras coisas.

5- Sociedades Secretas

Apesar de parecer estranho, pense nas sociedades secretas como as conhecidas fraternidades americanas, ou até mesmo um grupo de amigos. É por isso que a história se torna tão legal. Primeiro temos a valorização das amizades dentro do grupo, afinal se voce esta em uma sociedade, voce deve apoiar a todos independente do que esteja acontecendo. E permeando todos os livros, está as diversas confusões que Amy se mete, por estar justamente em uma sociedade secreta. Aqui temos nossa cota de mistério e diversão, pois a faculdade é o ultimo período da vida em que podemos agir tanto como adolescentes como adultos.




*Ivy League: nome para o conjunto das universidades mais prestigiadas dos EUA, como Harvard, Princeton, Columbia. Aqui no livro Eli é uma referencia a Yale.

quarta-feira, 6 de março de 2013

{Eu assisti} Dezesseis Luas



Sábado a noite, e lá estava eu na minha casinha sem nada de bom para fazer. Em meio a um instante de desilusão da vida resolvi ir ao cinema. Sem nem pestanejar escolhi assistir Dezesseis Luas. Afinal nada me atrai mais do que uma adaptação literária, porque sempre ficamos curiosos para saber como ficaram essas histórias na telinha.

Infelizmente não tive a oportunidade de ler Dezesseis Luas, saber que a série era um pouco extensa me desanimou um pouco e acabei nem ficando muito tentada a ler o livro na época de lançamento.

Então querido leitor o que você vera aqui será a opinião de alguém que não tem comparações a fazer com o livro.

O filme conta a história de Ethan , um adolescente que vive na cidade de Gaitlin. Ele é atormentado por sonhos (ou pesadelos?) com uma mesma garota sem rosto. Tudo muda no dia em que uma nova menina entra na escola de Ethan. Lena é uma misteriosa garota que guarda um segredo.
Ela é uma conjuradora, (lê-se bruxa, é um novo nome para a mesma coisa). Almadicoada , quando ela fizer 16 anos terá que escolher se será uma bruxa da luz boa ou das trevas .

A pequena sinopse foi o que eu entendi do filme. E Ethan, entra na história se apaixonando pela garota, quando obviamente não deveria , gerando uma grande confusão. Como voces podem ver, nada de novo até ai. Só o fato de que o normal é o menino e o ser mágico é a menina, o contrário do que ocorre na maioria das histórias.

Dezesseis Luas pareceu para mim um filme um tanto fraco. Fraco de enredo, de efeitos especiais e fraco de atuação também. Não acho que esteja sendo muito critica, mas o filme se arrastou do início ao fim. Diversas vezes eu olhei para o lado para ver se minha mãe não estava dormindo. (Eu não contei que ela foi comigo??)

Até eu já estava de saco cheio de tanto blá blá blá. Faltou muito ritmo na história, e algumas cenas simplesmente não me convenceram. Muito efeitos especiais falhos e a atuação da menina que faz a Lena foi muito apagada para o meu gosto. Fiquei confusa com diversas passagens da história que ficaram mal explicadas, principalmente o final, que ao meu ver foi muito corrido.

De todo o filme só se salva pelo ator que interpreta o Ethan, que esbanja carisma e charme te conquistando desde a primeira cena. Ele não deixou nada a desejar no papel principal, ao contrário da atriz que interpreta a Lena, que passou como um fantasma pelas cenas. Se não foi isso, então a Lena é uma personagem muita chata.



Fiquei com dó mesmo foi dos excelentes atores que Emma Thompsom e Jeremy Irons, que foram relegados à coadjuvantes e mesmo com suas boas atuações não conseguiram salvar o filme.

Infelizmente, se dependesse do filme eu não iria correndo ler o livro. Por que para mim foi mais um filme de ficção com toques de romance que se sustenta ao público no máximo em uma sessão da tarde.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

[DRD] #2 A Culpa é das Estrelas de John Green

A pergunta que não quer calar é: Por que eu ainda não tinha lido A Culpa é das Estrelas?

Eu tenho o livro na minha estante desde agosto, quando comprei ele numa promoção. Antes disso eu quase comprei o livro em inglês, afinal de contas a capa é mais do que bonita. Não preciso dizer a quantidade de vezes que me indicaram ler A culpa é das estrelas. Antes mesmo do livro ser publicado em português já havia uma legião de fãs por aí. E mesmo estando com o livro na minha estante desde agosto, simplesmente não o li. Os motivos foram muitos, primeiro estava terminando a faculdade, depois tinha mais um milhão de livros para ler, mas no fundo era porque eu sabia que era um livro triste. 

Mas resolvi incluir A Culpa é das Estrelas (ACEDE) no Desafio Realmente Desafiante, para ver se agora tomava coragem de ler o livro de vez. E finalmente consegui!!! O desafio cumprido com o livro foi:

9. Ler um livro cujo título tenha mais de 5 palavras.


Mesmo assim fui com muitas expectativas para a leitura do livro. Posso dizer que boa parte delas foram alcançadas, mas nem todas, infelizmente. Encarei a leitura de ACEDE com o tipo de concepção do que seria a história do livro, que acabou não sendo o que eu encontrei. 

Este foi o primeiro livro que li do John Green, mesmo tendo todos os outros dele aqui. Muitas pessoas me disseram que ACEDE é o melhor livro já escrito por ele, e que se eu pegar os títulos anteriores vou encontrar uma incrível diferença entre os livros. Apesar do que as pessoas disseram, eu considero o livro ótimo, mas nada que tenha conquistado meu coração e feito com que me apaixonasse pelo livro. Enquanto em alguns pontos eu adorei as passagens e principalmente o relacionamento da Hazel e do Gus, em outras eu achei as passagens extremamente maçantes.

Hazel Grace é uma paciente terminal que desenvolveu um tipo raro de câncer. Contra todas as expectativas, um novo tratamento conseguiu ampliar a sua sobrevida. Ela simplesmente sabe qual será seu fim e que talvez ele seja breve. Definitivamente ela vive numa corda bamba, simplesmente à espera. 
No grupo de apoio a crianças com câncer ela conhece Augustus Walters, um jovem que teve câncer nos ossos e como consequência teve que amputar uma das pernas. A amizade logo surge entre os dois e o que era para ser uma situação depressiva da-lhes a chance de viver.

Como vocês bem sabem meu histórico de dramas é meio complexo, então no fundo eu estava com medo do que encontraria. O livro trata de um assunto delicado que é o câncer  em suas diversas fases em diversos personagens. Infelizmente eu não sou avessa à essa doença, já vi de perto o que ela pode fazer com as pessoas, infelizmente pessoas próximas a mim. Algumas ela consome lentamente ao longo de anos, não dando ao paciente a cura, mas prolongando a sua existência,  outros passam por ela como se fosse algo passageiro, e mais alguns ganham um pingo de esperança após um primeiro tratamento e depois ela retorna avassaladora e em pouco tempo nos leva a pessoa querida.

Tentar entender como uma pessoas sucumbe a tal doença, é um trabalho que ninguém ousou fazer, nem mesmo John Green. Agora saber viver a aceitar as circunstancias que a vida lhe deu é o grande trunfo desse livro. Saber aproveitar o que a vida te proporciona, viver seus momentos como se fosse o ultimo e dar a oportunidade de realmente viver. O livro nos toca ao ponto de nos mostrar, que devemos agradecer a cada momento por sermos saudáveis, que reclamamos de boca cheia e que não sabemos o que é a vida até vermos ela passar na nossa frente sem que nos aproveitemos dela.

Para mim a história desse livro é definida no ditado citado logo nas primeiras páginas. 

"Senhor, dê-,e serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que posso, e sabedoria para reconhecer a diferença entre elas." p. 16


Mas o mais importante para mim, foi não ter encontrado o que eu esperava da leitura. Principalmente do final do livro, que não foi nada do que eu esperava antes da leitura, mas que suspeitei ao longo da leitura com as diversas dicas que o John deu ao incluir um outro livro na qual a Hazel é fã. Para mim o fim foi quase perfeito, não foi feliz, obviamente, mas foi real. Se tivesse sido de outra maneira, acho que jamais conseguiria fazer essa resenha.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

{E assisti} O Lado Bom da Vida




Em meio a corrida para o Oscar, O Lado Bom da Vida me chamou a atenção pelo estardalhaço que fez em Hollywood. Pelas diversas boas criticas às atuações e ao bom roteiro, e depois das premiações como melhor atriz que Jennifer Lawrence recebeu, como o Globo de Ouro, pela atuação nesse filme, fiquei morrendo de vontade de assistir.

O trailer do filme, nos chama para uma comedia romântica com toques de humor, mas o que temos na tela do cinema é literalmente uma montanha russa de emoções, refletindo os pontos altos e baixos que o personagem principal passa.

Na sessão mega lotada da meia noite, lá estava eu na noite de estréia do filme. E vamos combinar que demorou para estrear, já que para variar algumas coisas ainda demoram para chegar por aqui. Mais um pouco o filme não estreava antes da exibição do Oscar, assim como outros filmes.

Em O Lado Bom da Vida, Pat recém saído de uma clínica psiquiatra tenta recuperar sua antiga vida. Ele não sabe quando tempo passou na clinica e nem exatamente o que aconteceu. Tudo o que ele quer é voltar a sua vida normal e principalmente reconquistar a sua esposa Nikki.
Acontece que as coisas não são tão simples quanto ele planeja, e em meio a sua recuperação ele tem que encarar a desconfiança da família e amigos e a entrada de novas pessoas em sua vida como Tiffany, que é tão perturbada quanto ele.

Minha opinião sobre o filme é meio controversa, e infelizmente não li o livro para fazer demais comparações, então não vou entrar no mérito da adaptação literária. Mas o que posso dizer do filme, que para muitos ele pode não passar de uma comédia romântica, para outros será apenas um romance, mas para aqueles com maiores percepções verá que o filme trata de tudo um pouco de forma delicada.

E foi exatamente dessa forma que encarei, esperando mais um romance do que qualquer outra coisa, assisti à um filme que aborda diversos aspectos do cotidiano, mostrando as banalidades da família americana. Ao mesmo tempo o filme tenta dar um toque de drama com os altos e baixos do personagem Pat. A bipolaridade do personagem principal se torna eminente na montanha russa de sensações que temos ao longo do filme. Ora um drama, ora um romance, ora comédia. Nas entrelinhas há todos os ponto polêmicos da sociedade media americana.

O filme tem cara de filme independente, principalmente por causa da composição das cenas, com câmeras desfocadas, ou que balançam junto com os personagens. Na verdade esse foi o ponto que mais me incomodou ao longo do filme, já que não curto muito esse tipo de filmagem, e esperava algo mais produzido. Outro ponto é que o barulho que fizeram com a atuação de Jennifer Lawrence, graças aos seus prêmios, ao meu ver não se justifica. Sua atuação esta obviamente excelente, mas também não considero além das expectativas para ser melhor atriz, também não vi as outras atrizes para fazer tal comparação.

Já Bradley Cooper, lembrado eternamente pelos filmes Se Beber Não Case, Robert De Niro e Cris Tucker estão impecáveis. Principalmente Bradley, que mostrou que não é só mais um rostinho bonito e que tem muito talento.

Mas o grande triunfo do filme é a sua simplicidade, como uma história simples sendo interpretada nas excelentes performances de todo o elenco, consegue colocar um filme que tinha tudo para ser um fracasso em um sucesso de critica. Nada de super efeitos especiais dos blockbusters que rondam pelo cinema atualmente, coloque um bom roteiro na mão de bons atores e você terá O lado bom da vida.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

[DRD] Persuasão de Jane Austen


Toda vez que uma resenha começar com DRD, será a abreviação da resenha do livro para o Desafio Realmente Desafiante promovido pelo blog Silêncio que eu to lendo. E nada melhor do que começar com o pé direito.

Para não dizer que deu quase tudo errado, vamos dizer que quase dei um jeitinho para cumprir a meta desse mês. Tudo aconteceu porque eu me empolguei com o desafio e não olhei as coisas direito. Já explico por que.

Mas, no mês que o lançamento de Orgulho e Preconceito faz 200 anos, nada melhor do que que inciar com a minha amada rainha do romance.

O desafio cumprido é:

7. Ler um livro que é citado em ouro livro. 

Então vamos lá. No livro The Viscount who loved me da minha amada Julia Quinn, há a seguinte passagem:

"- Edwina tem uma novela para ler. A última dessa tal Austen. Nem sequer saberá que  partimos."

Logo pensei em Persuasão, que foi o ultimo livro de Jane Austen lançado, postumamente inclusive. E finalmente iria me aproveitar para ter um motivo para ler meu mais que lindo Box de livros da Jane Austen. O problema foi que depois de ler o livro, e reler o livro cuja houve a citação, percebi o meu erro. O livro da Julia Quinn se passa em 1814 e Persuasão foi lançado em 1817, o que só pode significar que Edwina estava lendo Mansfield Park, que foi lançado exatamente no ano em que se passa o livro. Ou seja, acabei lendo o livro errado. Mas a a gente releva, por que eu tenho certeza que Persuasão já foi citado em algum livro por aí.

Ler Jane Austen é sempre um prazer, mas para a minha vergonha é um prazer que tive somente com Orgulho e Preconceito, que já li tantas vezes que decorei milhares de partes. Por isso Persuasão foi uma espécie de ar fresco, mais uma história para o Hall de melhores romances, aliados com a maravilhosa critica que Jane faz a sociedade londrina, e principalmente neste caso a aristocracia falida.

Quando era mais jovem, Anne Elliot se apaixonou pelo capitão Frederick Wentworth, mas ao matrimonio entre os dois não foi aprovado nem pelos pais da moça nem pela sua melhor amiga. Anne era filha de um Barão, pertencente a nobreza e o capitão Wentworth era somente um militar sem muitas posses. Assim Anne é persuadida a declinar o pedido.
Anos depois, uma apagada Anne tem sua vida revirada com a volta do capitão, agora ela o reecontra, mas é obrigada a vê-lo cortejar sua vizinha Louisa Musgrove, ao mesmo tempo que tenta reavaliar seus sentimentos por ele.

Este livro é o mais curto de Austen, e talvez seja por isso que senti falta de ouvir um pouco mais dos sentimentos de Anne. Mas a história é simples e ao mesmo tempo tocante, em meio a um relacionamento mal resolvido, permeiam os diversos personagens secundários bem desenvolvidos. A escrita ironica de Austen continua presente, e a retratação tragicomica da familia de Anne que vive num mundo ditado pelas aparencias é demonstrado em cada parte do livro.

Também senti uma ampla conexão com Anne, que não tem baixa estima, mas sofre com a sua constante eficiencia em tratar os assuntos, mas principalmente em esconder os seus reais sentimentos dos outros. Ao mesmo tempo me encantei pelo Capitão, mesmo com os seus erros ao longo do livro. Lógico, que também não podemos esquecer do antagonista, que aparece em meio a história mostrando o seu verdadeiro carater, ou a família extremamente futil de Anne.

Resenhar Jane Austen é extremamente difícil  porque gostar da sua escrita é algo muito particular, e dificil de se ler, um gosto que não se adquire na primeira leitura. Como sempre há a constante critica a sociedade britânica e a seus status, ao mesmo tempo que tenta-se mostrar que no final tudo pode dar certo, com o romantismo que só Jane Austen tem o poder de nos dar.

Para vocês, aprendam o que é declaração de amor com o Capitão Wentworth:

Atenção! Pode conter spoiler, mas eu não resisti.

"[...] Anne trespassa-me a alma. Sinto-me entre a agonia e a esperança. Não me diga que é muito tarde, que sentimentos tão preciosos morreram para sempre. [..] Não diga que que o homem esquece mais depressa que a mulher, que o amor dele morre mais cedo. [...] Posso ter sido injusto, posso ter sido fraco e rancoroso, mas nunca inconstante. [...] Os meus pensamentos e planos são todos para si. Não reparou nisso? Não se apercebeu dos meus desejos? [...] A todo momento ouço algo que me emociona. Anne baixa a voz mas consigo ouvir os tons dessa voz, mesmo quando os outros não conseguem. Criatura muito boa, muito pura! Faz-nos de fato justiça, ao acreditar que os homens são capazes de um verdadeiro afeto e uma verdadeira constância. Creia que esta é fervorosa e firme [...].
Persuasão, pg. 129

sábado, 26 de janeiro de 2013

Belle de Lesley Pearse


*Atenção: Contém spoilers do livro. 

Nem todo mundo gosta de saber de antemão o que encontrará nas páginas de um livro. Muitas pessoas gostam da surpresa ou do suspense de não saber como a história se desenrolará e nem que rumos os personagens terão. 

Mas ao ler livros sempre do mesmo autor, voce acaba percebendo semelhanças entre as histórias e encontra um certo padrão, o que faz com que voce tenha algo a esperar da história e saber se há a possibilidade de o livro terminar bem. 

Certo dia na bienal do livro de SP ano passado, resolvi comprar dois livros, pois me indicaram como boas leituras. Sai da Bienal então com Roubada e Belle da autora Lesley Pearse. O primeiro livro que encarei a leitura foi Roubada, na qual eu não resenhei, por que perdi o "time" da resenha, mas com a leitura eu percebi os principais elementos da escrita de Lesley. 

Sabendo que Roubada foi um drama para lá de complexo, cheio de tramas e muito drama psicológico eu resolvi retardar a leitura de Belle o máximo que podia para estar mentalmente preparada para este livro. Coisa que venho fazendo com A culpa é das estrelas desde agosto, ainda não criei coragem para ler. 

Mesmo com o livro aqui na minha estante, e lendo várias resenhas positivas do livro eu esperei 5 meses para ler o livro, e sinto que mesmo assim não foi tempo suficiente para me preparar para o que eu encontraria nas mais de 500 páginas do livro. 

Eu achava Roubada um livro forte, com uma personagem corajosa que sofreu muito na vida e ao longo da história, mal sabia eu que Belle seria um livro para testar todos os meus nervos e principalmente a minha crença de que as pessoas podem ser boas, e que sim, podemos ter fé na humanidade. 

Eu sou 100% livros de finais felizes, e por isso meu genêro favorito são os romances, principalmente os históricos. Eu sei o que eu vou encontrar nas páginas dos livros, eu tenho certeza que eu vou me entreter com cada linha de leitura e que ao final do livro eu estarei feliz. Um dos meus maiores prazeres em ler é justamente poder me descolar da realidade e saber que na imaginação do autor tudo é possível, saber que tudo pode acontecer, que podemos ter fé nas pessoas e principalmente a garantia de que o livro não vai me deixar pior do que eu já estou. 

Eu não quero ler livros sobre tragédias, abusos, violência e todas essas coisas que eu só preciso ligar a televisão em um jornal local e  ver que isso acontece na realidade. Também não quero ler livros que me lembrem coisas tristes da minha vida, como a morte de entes queridos, a violência que vejo nas ruas e na televisão. Por mais que por trás dessas tragédias tenham personagens fortes, exemplos de sobrevivência e de crer que voce tem que guardar esperanças até o ultimo momento. Quero de alguma maneira encontrar esperanças na minha leitura, de que de uma maneira ou outra as coisas podem dar certo. 

Eu já li muito livros reais, dramáticos, tristes, histórias baseadas em fatos reais entre outros... mas a minha opção de ler sempre livros que me deixem feliz, vem simplesmente de um desejo pessoal de me descolar da realidade e poder dar azas a minha imaginação e principalmente não me deixar em uma posição mais vulnerável do que aquela que já estou. 

Mesmo sabendo disso encarei a leitura de Belle, sabendo que o que encontraria no livro me deixaria mal. Mas não resisti ao impulso de deixar mais um livro "encalhado" na minha estante. 

Ao término da leitura de Belle, o único sentimento que tive foi de perca de fé na humanidade. Pensar em como os homens podem ser ruins e sem escrúpulos como as pessoas agem simplesmente por interesses e que passam por cima de todos para conseguir o que querem. 

Logo nas 100 primeiras páginas do livro já senti que o negócio seria tenso, que não haveria brechas para que coisas boas acontecessem. Belle é uma sucessão de “tragédias”, ou simplesmente horrores da vida. O subtítulo do livro é “É preciso ter coragem para perder a inocência”, e realmente é preciso ter muita coragem, até mesmo para conseguir ler o livro até o final. 

Por diversos momentos eu parei de ler o livro, porque simplesmente não conseguia continuar, era muito sofrimento para uma personagem só, muita gente ruim cruzando o caminho dela, uma atrás da outra. Cheguei ao cúmulo de perder algumas horas de sono pensando nesta trágica história, porque o que li nesse livro não é muito longe do que acontece na realidade. 

Numa das cenas desse livro, Belle é drogada e abusada continuamente por uma série de homens, loucos por sua juventude, e logo não foi nada difícil para mim associar isso aos estupros coletivos que ocorrem na Índia. Saber como os homens são mesquinhos, simplesmente me deu nojo, muito nojo. 

Pensei em para o livro lá pela metade, quando finalmente Belle encontrou cerca de 10 páginas de paz, depois de ter sido estuprada, vendida para um bordel e sendo obrigada a se prostituir ela finalmente achou ter encontrado algo de bom ao se submeter a ser amante de um homem. Fui forte e segui em frente, para encontrar mais 250 páginas de mais tragédia. Aprendendo que não se deve confiar em ninguém. 

Belle vê sua vida virar de ponta cabeça novamente, quando seu amante morre, ela é obrigada a sair fugida dos EUA e embarca para a França, onde é novamente enganada por pessoas que ela considerava boas. Quando as coisas voltam a ficar quase boas, novamente tudo desabada na cabeça de Belle , e eu pensava, “Esse martírio não terá fim?” 

Porque toda vez que Belle estava quase a caminha da sua quase felicidade algo pior acontecia, inclusive quando ela finalmente conseguiu voltar para Londres. 

E o final querido leitor, você deve estar se perguntando. Para conseguir terminar o livro eu tive que fazer algo que repudio fazer: ler a última página do livro. Se eu lesse ali (no livro), algo que me fizesse acreditar que algo pior do que já tinha acontecido com Belle se realizasse, eu simplesmente desistiria do livro, por que nem eu sou tão forte assim. 

Bom querido leitor, o final é feliz. Mas não é uma felicidade ampla, um feliz muito morno para tanto sofrimento ao longo do livro, mas logo percebi que Lesley não escreveu essa história toda para chegar na ultima página e resolver tudo com um “felizes para sempre”. 

Então você se pergunta se eu indicaria esse livro para alguém, eu eu digo com certeza que sim. E é por isso que dei 5 estrelas para o livro no Skoob. Não é porque eu odiei o livro por ser uma sucessão de tragédias que não identifiquei os méritos de uma história bem escrita, com detalhes que demonstram uma ampla pesquisa história e física de vários lugares, porque o livro se passa no início do século XX, e além disso ao autora te prende completamente da trama te impedindo de parar a leitura, de maneira que poucos conseguem fazer. É um livro para que gosta de um choque de realidade e que não se importa de ler histórias que poderiam ser mais que verídicas, que mostram mulheres fortes, que aprenderam com os casos da vida. Aprenderam a sobreviver, a se virar, a não confiar nas pessoas, mas acima de tudo a nunca perder as esperanças. 

Agora, se voltarei a ler outro livro de Lesley Pearse, a resposta é categoricamente, NÃO. Não irei, e nem quero pegar em outro livro desta autora, cuja as histórias são demasiadas tristes para meu pobre coração romântico. Ler Roubada e Belle foi suficiente para testar todos os meus nervos e ver que não sou masoquista. Irei voltar para meus bons e velhos romances.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Desafio Realmente Desafiante 2013




Este ano que a faculdade acabou, finalmente posso voltar a participar de alguns desafios de leitura. Por coincidência o novo desafio do Blog Silêncio que eu to lendo, da Clicia, veio a calhar.

Com uma estante entulhada de livros, e com a mudança de casa que eu fiz eu pude organizar todos os meus livros, tentando fazer com que caibam nos espaços limitados enquanto eu não resolvo fazer o quarto planejado. Em um pequeno "inventário" que andei fazendo contabilizei:

Livros na estante: 258
Livros não lidos: 72

* Isso sem contar os livros que estão no Kobo, de 247 eu só li 8!

Ou seja, minha mãe esta com toda a razão quando diz que eu devo parar de comprar livros e começar a ler os que estão na minha estante. E era isso mesmo que eu estava planejando para 2013! Tentarei comprar somente o essencial, livros que quero muito ler, como continuações de séries como Indigo Speel e The Elite.

Então unindo o útil ao agrádavel, resolvi participar este ano do desafio!

Então bora lá ver como é o desafio!




- Ler somente livros que tenham sido comprados/ganhados de 2012 para trás. Você não poder ler NADA que tenha ganho ou comprado em 2013!!


Eu vou colocar 18 desafios, deles 12 devem ser cumpridos no mínimo Porém você pode escolher o mês que vai realiza-los! O importante é cumprir 12 desafios. Você pode fazer um por mês, mas se quiser também pode fazer mais rápido e terminar o desafio antes do tempo! Ou fazer mágica e fazer os 18! XD

Atenção: um livro para cada desafio, ok?
Vamos lá?

Em negrito estão os desafios que pretendo cumprir, porque foram os livros que encontrei em minha estante sem problemas.

1. Ler um livro que você ganhou, não gostou muito e ficou na prateleira.
2. Ligar para um amigo, ou mandar uma mensagem no face, e pedir uma indicação de livro! Se você não tiver o livro, NÃO VALE COMPRAR, peça emprestado.
3. Ler um livro com um doce na capa.
4. Ler um livro com um casal apaixonado na capa.
5. Ler um livro que o autor tenha a mesma inicial que a sua. - Não achei sem chance! =/
6. Peça para alguém olhar na sua estante e escolher um livro a muito esquecido.
7. Ler um livro que é citado em ouro livro. (Por exemplo: A Bella em crepúsculo cita "O morro dos Ventos Uivantes"
8. Ler um livro que foi lançado no ano do seu nascimento. (Estou repetindo porque quero tentar de novo!) - No way!
9. Ler um livro cujo título tenha mais de 5 palavras.
10. Ler um livro que tenha entre 300 e 350 páginas.
11. Ler um livro nacional.
12. Ler um livro que você ganhou de presente de aniversário.
13. Ler um livro com a capa entre bege e marrom.
14. Ler um livro de zumbis.
15. Ler um livro com a capa feia. ( E explicar o porque não gosta da capa!)
16. Re-ler e resenhar um livro que leu a muito tempo e nunca resenhou!
17. Ler um livro que tenha um personagem com o seu nome ou que tenha o mesmo apelido que você.
18. Ler um livro com a capa com letras amarelas.

Temos um ano para completar esse desafio!


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