Sobre

Olá.

Sou uma catarinense que que vive em São Paulo, estudante de Economia, no Mackenzie, porém já ouvi muitos dizerem que eu devia fazer jornalismo. Atualmente trabalho, estudo, estudo mais um pouco e leio muitooo.

Leitora compulsiva, escritora amadora e critica casual.

Fã de Harry Potter, louca por Meg Cabot, nutrindo uma paixão por Cassandra Clare, suspirando pelos romances históricos da Judith McNaught, amando uma Academia de Vampiros, se apaixonando por criaturas misticas, tentando reviver a adolescencia com YA books. Enfim, uma sonhadora.

 Por que fiz o Blog?

Como uma boa bookarholic, eu sempre estou lendo algum livro. Mas só ler não adianta. Eu preciso dividir com as pessoas o que eu achei das minhas leituras. Escrever minhas opiniões, o que eu gostei e o que eu não gostei.

Fiz isso algumas vezes no meu blog Divagando sobre a realidade, mas como eu estou sempre lendo, eu queria escrever sempre que eu terminava um livro. Mas o blog Divagando sobre a realidade, não é sobre leituras e sim onde escrevo analises banais da vida, e escrever muitas resenhas acabariam por tirar sua característica de uma escrita ácida e às vezes venenosa.

Sendo assim decidi fazer outro blog, especialmente para resenhar minhas leituras. O Obsessão Literária é especialmente para resenhar livros que eu já li, dar dicas de autores, dividir uma paixão com quem estiver interessado.

Para a Bienal do Livro de 2010 a Stefania minha parceira de blog do Restaurante do Fim do universo fez uma entrevista comigo para um especial que ela fez no blog dela e eu resolvi colocar aqui pra vocês me conhecerem melhor.


E agora a Entrevista!

Nome: Thais dos Santos Nunes da Mata
Idade: 18 anos
Profissão: Estagiária e estudante de economia no Mackenzie
Hobbies: Ler, ouvir música, assistir filmes e escrever.
Gêneros favoritos: Romances, romances históricos, chick-lit, YA books e ficção.

Blogs:
http://www.divagandosobrearealidade.blogspot.com/
E http://obsessaoliteraria.blogspot.com/
Twitter: @thaisdamata

1° livro que leu:

Aiii que difícil. Bem se for contar o primeiro livro mesmo, eu tenho quase certeza que foi um exemplar desses com os clássicos contos de fadas, eu devia ter uns quatro anos. Como eu amava esse livro, era enorme e tinha todos os contos de fadas... de Cinderela aos três porquinhos. Fez parte da minha infância.


Livro Favorito:

Um livro só é difícil. Realmente difícil... Vou burlar a sua pergunta e responder que meu livro favorito é a serie Harry Potter. Como eu amo a série fica difícil colocar um só livro na lista. Graças a série Harry Potter eu realmente tomei gosto pela leitura, comecei a ler por prazer e não por obrigação, aprendi a admirar o mundo mágico que se pode criar a partir das palavras e também foi com ele que eu comecei meu vicio pela leitura e pelas séries.


Escritor favorito:

Essa é fácil e difícil, eu gosto de muitos autores! Eu simplesmente amo a Meg Cabot, e ela faz parte da minha vida. E foi com os livros dela que eu cresci. Desde a pré-adolescencia até hoje quando eu estou chegando na fase adulta. Os livros dela estiveram presentes em todas as minhas fases.


Média de livros por mês: 5 a 10 livros por mês.

Conte como surgiu a sua paixão por livros?

Se tem uma pessoa a quem eu devo atribuir minha paixão é a minha ex-professora de história Soraya. Antigamente eu costumava ler os livros que eram obrigados pela escola. Um dia minha amada ex-professora de história, quando eu estava na quinta série, me emprestou um livro, chamado Harry Potter e a Pedra Filosofal, numa época em que nem havia lançado o primeiro filme. Eu li e simplesmente amei a história, assim a mesma professora me emprestou os três volumes seguintes lançados (Harry Potter e a Câmara Secreta, O prisioneiro de Azkaban e O cálice de fogo), ela não parou de me emprestar os livros, logo depois vieram O diário da princesa (então é culpa dela também minha paixão pela Meg Cabot) e alguns outros tantos títulos enquanto ela deu aula pra mim. Quando eu mudei de escola e ela deixou de dar aulas pra mim eu já tinha adquirido o gosto pela leitura, ai foi por mim mesma, passava (ainda passo) horas em livrarias em busca de novos títulos, gasto qualque dinheiro que tenho com livros e assim nunca mais parei de ler.


Algum livro já te inspirou?

A gente sempre aprende algo com os livros. Seja o simples fato de apreciar a leitura até ao fazer algo que a personagem do livro fazia. A primeira inspiração que eu tive com os livros foi o gosto pela escrita, algo que eu aprendi com a Mia da série O Diário da Princesa, eu sempre costumava escrever, mas nunca tive coragem de mostrar a ninguém, mas lendo o livro e vendo que ela também escrevia eu acabei me acostumando com a idéia. Mesmo todos falando que eu escrevia bem só realmente percebi isso quando olhei minha nota de redação do Enem, que foi quase 100%. Ai deixei a vergonha de lado e passei a escrever sobre tudo e em todos os lugares.

Outra coisa boa dos livros é que como eu gosto de acompanhar alguns autores e alguns de seus livros não foram lançados no Brasil eu comecei a ler em inglês é que não agüentava esperar as traduções. Eu nunca fui realmente boa em literatura inglesa, meu nível beirava ao intermediário, mas a minha vontade ler os livros foi maior e hoje eu já li diversos livros em inglês.


Se você pudesse escolher só um gênero de livros para salvar de um apocalipse qual seria e por que?

Se fosse um só gênero, para mim seria o romance. Apesar de os outros gêneros serem muito bons, o que eu descobri é que sem amor nós não somos nada. Temos que aprender a amar a si mesmos e aos outros, saber dividir, dar, confiar. Todas essas qualidades são necessárias para construir um mudo melhor, pode parecer meio ideológico, mas sem amor (em suas diversas formas, amor de mãe,irmão, namorado...) não valeria a pena viver.


Para você, os brasileiros lêem pouco só por falta de acesso, ou por falta de custume?

O brasileiro não lê pela falta de costume. O hábito pela leitura é algo que deve ser incentivado desde a infância e isso não acontece aqui no Brasil. Poucas são as famílias que incentivam a leitura, eu falo isso por mim mesma. De toda a minha família eu sou a única que tem o hábito da leitura. Na escola também só os privilegiados tem acesso livros, porque a maioria das escolas particulares os obriga a ler. E mesmo assim poucos o tomam como hábito, devido principalmente a escassez de livros para o publico infanto-juvenil, pois uma leitura de Jorge Amado ou Machado de Assis é por vezes cansativa pra quem não consegue entender o tipo de escrita por eles adotado. Felizmente hoje vemos que o publico infanto-juvenil é o que mais cresce em numero de leitores. Isso se deve principalmente a enxurrada de livros que são lançados um atrás do outro. As editoras e escritoras perceberam, após o estrondoso sucesso de Harry Potter, que o publico infanto-juvenil é um consumidor em potencial. Hoje talvez estejamos revertendo esse numero de leitores, e no futuro quem sabe nos tornaremos uma nação de leitores. Enquanto isso é importante nos utilizarmos dos meios de comunicação existentes para mostrar ao mundo que um livro pode nos levar ao mundo novo e que pode ser muito prazeroso entrar nesse mundo.

Você já participou de feiras como a Bienal? Conte um pouco sobre a experiência.

Ahhh sim! Essa será a minha quarta bienal do livro. É realmente uma experiência incrível para todas as idades e para todos os gostos. Eu que já estive presente em diversas bienais vejo que hoje ela se tornou um grande sucesso, o que era antes algo simples se tornou hoje um grande evento. Chegar à bienal do livro é como um sonho, para todo lugar que você olha há livros e mais livros para todos os gostos, palestras e workshops deixam o leitor cada vez mais perto do maravilhoso mundo dos livros. Conhecer autores famosos de perto ou simplesmente aqueles que estão apenas começando. Se tem algo que eu me lembre foi em uma das bienais ter conhecido a escritora Thalita Rebouças (que hoje é superfamosa!) numa ocasião em que ela tentava lançar seu primeiro livro, ela assim como outros autores, foi super receptiva conversou um monte comigo e com minha amiga e no fim eu acabei saindo com um exemplar de seu primeiro livro autografado. Em relação às feiras eu ainda tenho o sonho de participar da FLIP e quem sabe alguns outros eventos como encontros literários.


Qual a maior loucura que você já fez por um livro, ou autor (a)?

Essa a Fanny já sabe, porque foi assim que eu conheci ela. Um dia eu descobri que a Meg Cabot viria ao Brasil para sessões de autógrafos. Eu quase morri! Finalmente tinha a oportunidade de conhecer minha diva dos livros. Durante quase um mês eu não pensava em outra coisa a não ser no dia em que finalmente fosse conhecer ela, e para isso teria três oportunidades aqui em São Paulo, mas infelizmente, devido a minha faculdade só poderia vê-la em uma de suas tardes de autografo. Numa belo dia eu faltei na faculdade, enchi minha bolsa com livros e fui a super Saraiva esperar por ela. Fiquei cinco horas na fila, passei um pouco de fome, conheci muitas garotas, como a Fanny, e quando a Meg finalmente apareceu quase chorei! Com meus dois livrinhos (Princesa para sempre e A mediadora), finalmente cheguei perto dela (que é linda e simpática!) troquei umas palavrinha com ela, eu nunca esqueci o que conversamos em um minuto, ela assinou meus livros disse que meu nome era lindo. Fui embora me sentindo a pessoa mais feliz do mundo! E hoje meus livros autografados são relíquias para mim e lembranças de um dia inesquecível!


Porque você começou um site de resenhas de livros?

Alem de leitora obsessiva eu também vivo na internet. Eu não me contento só em ler um livro, eu preciso falar sobre ele, discutir, deixar a minha opinião fazer os outros lerem, e eu fiz isso durante vários anos na internet, participando de fóruns no Orkut, comentários em blogs e depois fazendo muitas resenhas no maravilhoso skoob. Só que isso não era o suficiente para mim, senti que eu precisava de um lugar onde eu pudesse escrever o que quisesse como quisesse, um lugar onde eu sentisse que as pessoas me entenderiam e buscassem um lugar para encontrar exatamente o que eu estava escrevendo. Vendo que um blog onde eu falasse sobre tudo não era o suficiente resolvi criar um blog só para os livros que eu leio.


Se você pudesse recomendar um único livro nacional para um estrangeiro, qual seria?

Eu definitivamente recomendaria Dom Casmurro de Machado de Assis, muitas pessoas não entendem a magia do livro a genialidade de Machado ao escrever um livro tão envolvente e o mesmo tempo misterioso. Mas só as pessoas que realmente apreciam um bom livro irão gostar e entender Dom Casmurro, que para mim é um dos melhores livros nacionais. Ele representa com realismo a escrita brasileira, que ao mesmo tempo que nos mostra a cultura de nosso país também coloca no papel um romance de várias facetas mostrando o talento de um grande autor brasileiro. Ao terminar de ler Dom Casmurro a pessoa pensará que sabe tudo mas ao mesmo tempo não sabe nada sobre o enredo.


Kiddle e e-books. Mesmo com a popularização do livro digital, você vai continuar a comprar livros impressos?

Nada supera a sensação de se ter um livro nas mãos. Passar as paginas, sentir o cheirinho de livro novo, olhar as letrinhas, poder carregá-lo para onde for e guardar durante anos para as futuras gerações. No fundo para mim o livro impresso nunca poderá ser substituído, enquanto eu puder comprar os livros eu comprarei e os guardarei como meus tesouros.

Qual é o maior desafio para as blogueiras que fazem resenha?

Sem duvida é tentar convencer aquelas pessoas que não tem o costume de ler a ler. Tentar resenhar de maneira a deixar o leitor intrigado e com vontade de realmente ler livro, passar para as pessoas uma parte da magia do livro. Mostrar pras elas que não há nada de errado em gostar de ler e que o universo que esta dentro das paginas é acessível a qualquer um que quiser ler. E que não somos pessoas anormais só porque lemos excessivamente. Conhecimento é poder.


"Não importa se você lê livros intelectuais ou romances, revistas, mangas ou quadrinhos, tudo o que se pode absorver como conhecimento é válido e vale o esforço."
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