sábado, 12 de novembro de 2011

{Resenha} Questões do coração de Emily Giffin

Todo livro da Emily deveria começar com um aviso, não um letreiro luminoso bem na primeira página, avisando os perigos de você ler um livro dela em diferentes estágios emocionais.

Mas como o livro não faz isso, me encarregarei de dar a noticia a vocês.
Ler livros da Emily Giffin pode trazer sérios problemas emocionais se você tiver:

- Se apaixonado pelo noivo da sua melhor amiga;
- Estar grávida e ser abandonada pelo namorado;
- Acabado de encontrar seu ex-namorado na qual você amou muito no passado;
- O seu marido quer um filho e você não;
- Desconfiar que seu marido/namorado te traiu;
- Se relacionar com alguém comprometido;

Se você é uma pessoa forte, ou como eu não sofre com nenhum dos problemas acima citados, lhe dou um ultimo aviso. Se você não gosta de livros realistas na qual facilmente você poderia se colocar no lugar dos personagens, ou pior facilmente conhecer histórias muito parecidas com as dos livro, também não é indicado na leitura.

Assim que você leu os primeiros parágrafos, você deve estar se perguntando se eu estou escrevendo essa resenha para falar bem do livro, ou para que você tenha vontade de ler o livro, porque até agora não falei nada de realmente bom. Mas na verdade, estou fazendo um alerta para você não ler os livros dela no momento errado, o que só vai fazer você não gostar de um livro que na certa é muito bom.

Para você ter uma ideia, eu havia emprestado Ame o que é seu para uma amiga, ela começou a ler o livro e coincidentemente na vida real reencontrou o ex-namorado. E conforme ela foi lendo o livro duvidas começaram a surgir na cabeça dela, porque a vida real estava se misturando com a ficção. Por causa disso ela abandonou o livro para não ficar matutando tudo o que acontece no livro em sua vida real. E eu não briguei com ela pelo fato de ela ter parado o livro. As vezes, alguns livros não são indicados para certos momentos de sua vida.

Eu já disse aqui no blog, quando fiz a resenha de Ame o que é seu, que a Emily tem o poder que poucas autoras tem. O de escrever um livro tão real, que por vezes se colocar na história não é tão difícil assim e por muitas vezes é fácil se imaginar no lugar dos personagens.

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Quando eu comprei Questões do coração, foi para a Emily autografar ele para mim, pois mesmo já tendo visto ele na livraria e achado a sinopse legal, no fundo o que eu tinha era medo de ler o livro, porque sabia que a história seria tão tocante que não sabia se estava pronta para algo com muita carga emocional.

Comprei o livro e só fui ler 2 meses depois, quando achei que estava pronta para encarar a leitura.

Questões do Coração conta a vida de duas mulheres Tessa e Valerie. Tessa é casada com o médico Nick e tem dois filhos acabou de largar o trabalho para ser mãe em tempo integral, enquanto Valerie é a mãe solteira que trabalha muito para conseguir o que quer.

A vida das duas são bem distantes e elas sequer se conhecem, mas uma série de eventos acabam por colocar essas duas mulheres no mesmo caminho seja para o bem ou para o mal.

E isso é tudo o que posso contar da história do livro, qualquer outro fato pode ser considerado spoiler e estragar completamente a sua leitura.

O que dizer do livro? Maravilhoso!, cada página. Não conseguia parar de ler, por mais medo que eu tivesse de ler a próxima página. O desenrolar da história é de maneira tão sucinta que quando as coisas acontecem você sabe porque aconteceu, tudo tem uma explicação. O fato de o livro ser tanto do ponto de vista de Tessa como de Valerie, nos traz diferentes facetas dos problemas, dos sentimentos e principalmente do estado emocional de cada uma das personagens.

Falando em personagens, todos bem desenvolvidos, todos bem realistas, Valerie poderia facilmente ser sua vizinha e Tessa a mãe de um dos amiguinho do seu filho (ou irmão). O livro também traz a tona velhos conhecidos como Dex e Rachel de o Noivo da minha melhor amiga. E temos personagem secundários de sua importância como Nick, Charlie o filho de Valerie, as vizinhas de Tessa o irmão de Valerie. Uns mais, outros menos importantes para a trama, mas que contribuem para entendermos todos os lados da história.

O livro é um pouco forte e por vezes eu o lia angustiada, mas apesar de todos os problemas e dos erros de todos os personagens fui incapaz de jugar qualquer um deles por suas atitudes, por mais erradas que fossem, não havia como justificar um e depredar o outro. Tudo estava interligado, tudo tinha um porque, mas não tinha a solução.

Quando estava nas ultimas páginas, sabia mais um vez que nada me surpreenderia, porque para Emily Giffin não existem felizes para sempre, porque no fundo a vida é uma estrada sem fim, imperfeita e que não cabe a nós jugar ninguém, apenas devemos aprender com os nossos erros e tentar seguir em frente da melhor maneira que pudermos.

Eu sou uma amante dos livros com finais felizes e não compatíveis com a realidade, porque tenho meu mantra, que se é para sofrermos a vida já esta ai para isso, e quando eu leio eu quero fazer disso uma fantasia e imaginar que tudo é possível. Então logicamente queria um final diferente para cada um dos personagens. Mas sei que pelo desenrolar da história, nada seria mais sensato do que as palavras que a Emily colocou na ultima página.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

{Vivendo} Um show inesquecivel


Você gosta de música? Melhor ainda, você gosta de musica ao vivo? Então nada melhor do que poder comparecer a um show e curtir sua banda favorita!
Este ano o Brasil recebeu uma série de bandas internacionais, seja para se apresentar em festivais, seja para fazer grandes shows.

Como o meu gosto musical é um pouco reduzido, e seleto a algumas poucas bandas, são poucos os shows que realmente me atraem. Mas depois de curtir um dos melhores shows de minha vida, até o momento, neste final de semana. E hoje, segunda-feira, ainda ter o zumbido no ouvido, pensei, porque não um post sobre as melhores lembranças dos shows?

Eu ia começar este post com uma listinha, mas ai não ficou exatamente do jeito que eu queria. Então vamos falar da emoção do show em si. Você gosta de viver com emoção? Que tal conseguir o ingresso no resíduo do ultimo lote? Quando você pensava que já era sua chance de ver sua banda favorita, no meu caso o The Strokes, na qual você não pode ir nos outros dois shows no país porque era nova demais e não tinha companhia, e que agora que você finalmente tinha a companhia e o dinheiro do ingresso (coisa que eu não tinha no do The Killers), não conseguiu comprar antes de esgotar. Mas eis que surge a luz no fim do túnel e salvação da sua vida musical. (Na pele da Fanny, que assim que viu que tinha ingressos me avisou! Thanks)

Eu tenho algumas bandas favoritas, mas pela primeira vez em minha vida iria ver ao vivo uma banda que foi essencial para amadurecer meu gosto musical e me mostrar novas vertentes do estilo. A ansiedade para ver a banda que você passou anos e anos escutando, que você sabia todas as musicas de cor, que você passou anos acompanhando vídeos de shows pela internet. Seria o momento perfeito! Tenho certeza que você já passou por isso, a sensação é boa demais

2102316-1417-recSou adepta do clube de pessoas que acham que se deve ir à um show para sofrer, afinal de contas, você paga uma fortuna no ingresso para ver a banda é seu direito poder ver ela de perto. Mesmo que isso custe muito caro para você. Ficar horas na fila para pegar um bom lugar? Não foi o caso deste show, mas quando fui ver Oasis, fiquei horas na fila para poder entrar. Ficar horas em baixo de sol forte, com uma canga ridícula na cabeça? Sim, prezando a sobrevivência de sua saúde, já que o sol estava forte as 4 da tarde e o show que você ia ver começava a 1:30 da manha.


2102343-9225-recMas o melhor e o maior sofrimento, definitivamente é ficar na grade, segurando a multidão inteira, ao mesmo tempo em que não há nada a sua frente além do palco. Ou seja você vai ver o show de verdade e não por uma tela. Ou ficar em pé horas e horas, não ceder o seu lugar ou nem ao menos poder ir no banheiro, porque há um mundo de gente atrás de você, e então você bate seu recorde de “o maior tempo possível sem ir ao banheiro” de 10 horas no ultimo show para 12 horas, tudo para não perder o lugar. E o fato de você estar la na frente, te impede de comprar água, e para você não morrer desidratada ou passar mal antes do grande show, você implora pros organizadores te fornecerem água, joga charme para os fotógrafos e eles compram água para vocês. E a água sagrada é divida entre todos que estão ali por um único objetivo.

Os momentos de antecipação, são os piores, mas ali naquele aperto, você acaba fazendo amizades, conhecendo pessoas de todo o Brasil, que ao contrario de você que mora na mesma cidade, vieram de lugares muito distantes para assistir ao show.

Quando a banda que você gosta toca em um show, a ansiedade é maior, primeiramente você tem que assistir as outras bandas, mesmo que você não goste de todas elas, o que te deixa mais cansado ainda para o ultimo show da noite. Mesmo assim você aguenta firme e forte, e quanto mais você quer que a hora passe rápido, mais ela demora para passar, aumentando sua ansiedade em níveis nunca vistos antes.

Agora, o show esta prestes a acontecer, e tudo o que você quer é guardar forças para esse show. Vendo varias pessoas desmaiando, tudo o que você pede é para não passar mal na hora do show. Afinal, você não nadou tanto para morrer na praia.

Apesar de sua perna estar doendo, você estar morrendo de fome, com vontade de ir no banheiro, milhares de pessoas atrás de você te empurrando, quando a banda que você quer ver toca o primeiro acorde, você esquece tudo isso e simplesmente curte.

Voce pula, você grita, você canta tão alto que na segunda musica esta tirando fôlego só Deus sabe de onde. Voce perde o foco e a unica coisa que voce pensar é em cantar junto, curtir olhar e principalmente sentir.

A cada nova música que toca, voce fica mais e mais feliz, você pula mais, você canta mais e esquece todos os sacrifícios que te levaram ai. Mas quando a banda toda “aquela” música que é a trilha sonora da sua vida, você desaba e acha que tera um ataque do coração. Porque, quando você finalmente escuta “a música” ao vivo, tudo é perfeito, tudo se encaixa.

Uma hora e meia de show, parecem apenas dez minutos, quando voce menos espera o show esta se encaminhando para o fim… e eles vão embora.
Todo mundo grita, para eles voltarem, e eles voltam tocam o bis, tres musicas maravilhosas para encerrarem com perfeição a sua noite. Dizem boa noite e vão embora definitivamente.

As pessoas se dispersam, e tudo o que voce consegue fazer é ficar sentada na pista, paralisada, e revivendo os melhores momentos de um show memorável e perfeito, que vai ficar para sempre na sua memória.

Não importa o que voce passou antes, nem importa como voce chegou em casa (como se eu lembrasse). Quando voce finalmente vai dormir exausto, nada pode tirar seu sorriso de satisfação e nem as musicas de sua cabeça, porque voce vai relembrar esse momento para sempre.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

{Resenha} Overbite de Meg Cabot

overbite

Quando eu terminei de ler Insatiable, da Meg, eu já havia chegado a conclusão de que esse livro era um dos mais bem escritos da autora. E eu cheguei a comentar isso no blog, ela desenvolveu super bem a história e de nada parecia com o estilo Meg de escrever, simples e sem muitas reviravoltas. Mas ao ler Overbite, segundo e ultimo (=/) livro da série, eu tive a certeza de que a série representa um amadurecimento da Meg.

Meena Harper deixou tudo para traz para servir ao Palatine, uma organização secreta do vaticano cujo o objetivo é exterminar os vampiros do mundo. O problema é que Meena, mesmo nunca mais tendo tido contato com Lucien, ainda pensa em um certo vampiro. Ao mesmo tempo ela é obrigada a lidar com o temperamento de Alaric.

Tudo parece bem, na medida do possível, até o dia em que seu ex-namorado, agora vampiro, tenta matar ela. Sem contar os inúmeros sonhos que ela tem com Lucien e um certo livro (que ela aparece segurando na capa do livro), mas Meena não consegue ligar os pontos. Mas para Alaric, algo de muito ruim esta acontecendo, e ninguém esta percebendo nada.  

Em Overbite, Meg mostra mais uma vez a que veio. A história nada se parece com os seus outros livros publicados, mais uma vez ele é maduro e sua escrita irônica e muito bem desenvolvida. Eu simplesmente amei ler o livro, do inicio ao fim. 

Para começar, o livro é dividido em quatro partes, representando diferentes situações no desenrolar da história. Em Insaciável tudo terminou bem, na medida do possível, mas em Overbite as coisas já começam muito estranhas. Meena é atacada pelo ex-namorado-agora vampiro, e é salva no ultimo minuto por Lucien. Falando nele, apesar de ele ser o Lord das trevas, Meena quer convencer todos os Palatines de que no fundo ele tem algo de bom para oferecer, mesmo que quase ninguém acredite nela (lê-se Alaric aqui).

A percepção que eu tive deste livro foi bem melhor do que o primeiro, não sei se é porque o meu inglês é muito melhor agora, ou se os personagens foram realmente bem desenvolvidos. Eu até tomei partido de um dos personagens (Alaric ou Lucien?). Me senti realmente no meio da história e simplesmente amei todas as atitudes da Meena ao longo do livro. Ela simplesmente me conquistou, sendo em quase todos os momentos racional e realista, ao contrario de muitas personagens femininas apaixonadas que eu vi por ai. Como por exemplo em sua decisão de ficar longe de Lucien, ou parar e avaliar seus sentimentos pelos homens de sua vida. Mesmo quando tudo parecia perdido, e ela poderia sentar e não fazer nada ela levanta a cabeça e corre atrás das soluções para os problemas, mesmo que isso possa leva-la a muitos perigos.

Quanto aos meninos dessa história, Alaric foi a bola da vez neste livro, definitivamente ele teve muito mais visibilidade neste livro, do ponto de vista da vida pessoal, pudemos entender muito melhor como ele é e porque ele toma certas atitudes. Além de diversas partes do livro na qual com pequenos atos, acabou me conquistando.

Lucien também não deixou de aparecer, mas como ele banca o bobo apaixonado, ele era obvio demais e sempre ia com muita cede ao pote. Mas ele também teve seus momentos de glória assim como era adorável ver ele tentado ser mal.

Outra parte do livro que eu amei, e já tinha tomado conhecimento de antemão pela Elisa no post dela sobre o livro. O Brasil esta total nesta história! Sim sim! Há varias referencias ao nosso “querido” país. Isso ocorre porque um dos novos personagens da história é o Padre Henrique de Silva (ou melhor Padre Caliente, nas palavras de Alaric), que veio do Brasil, onde ele combatia os vampiros da raça Lamir, que dominam o morro do Vidigal (Isso mesmo Vidigal! Um dos “morros” do Rio), apesar de algumas referencias serem equivocadas, segundo a Elisa, já que eu não conheço o Rio. Mas isso é bom, porque quer dizer que a Meg se lembra de nós, mesmo que seja (para variar) um parte ruim.

O melhor do livro é que saímos do clichê, “o amor move a história”. Meena tem coisas muito mais importantes para se preocupar nesse livro do que o relacionamento dela com Lucien, ou a falta do relacionamento, ou o fato de que ela trabalha para um organização que tem como objetivo exterminar o tipo dele. Realmente ela mal tem tempo para pensar nessas coisas e o foco do livro se torna completamente diferente, levando tudo para um desfecho sensacional. Que no fim acaba por decidindo como será vida de Meena dali para frente.

E para fechar com chave de ouro, o ultimo capitulo do livro ocorre em October 2, ou seja no dia do meu aniversário!! E como no livro diz que é um sábado, eu sei que quer dizer que o livro se encerra no dia 02 de outubro de 2010. Não sei você, mas eu sou meio supersticiosa, no fundo eu sei que a Meg lembrou do meu aniversário. Haha!

Eu sei que fiquei dando voltas e voltas nessa resenha, mas é que eu amei tanto o livro, amei principalmente o final da história que foi absolutamente perfeito. Para mim, diferente de todos os finais de livro da Meg, porque tudo que aconteceu foi tão atípico e me surpreendeu muito!

Para vocês que não podem ler em inglês, eu só digo que definitivamente o livro vale a espera. Porque eu considero ele muito superior ao 1º.

Nota: 5/5
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