domingo, 27 de março de 2011

{Resenha} Lembranças de nós dois – Judith McNaught

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Lembranças de nós dois estava no post Na minha estante de agosto do ano passado, e infelizmente eu não pude lê-lo porque foi bem no período em que eu comecei a trabalhar então eu deixei esta leitura de lado. Principalmente porque se tratava de um livro em e-book, que é a única forma de conseguirmos ler alguns dos melhores livros da Judith. Para que não sabe muitos livros dela são impossíveis de se encontrar, até mesmo no sebo.

Este ano, quando eu estava prestes a entrar numa bela ressaca literária, devido a escassez de bons romances na minha lista de livros (ainda não consegui ler linger! =/ desde outubro do ano passado). Eis que Judith surge para salvar minha semana.
Minha diva não me decepcionou ela nunca consegue fazer isso e me encantou com diversas paginas de um romance gostoso de se ler. Ultimamente ando sentindo falta de um bom romance, mas tenho que dizer o quanto eu fiquei triste quando soube, a poucos dias, que o novo livro dela intitulado I can´t take my eyes off you, não será mais lançado. COMO PODE????
Enfim, as vezes precisamos de um bom romance para recuperar a auto estima ou rebaixa-lá ainda mais. Como uma romântica incorrigível, eu mergulhei nas maravilhosas páginas de Lembranças de nos dois

Diana Foster é a bem sucedida editora da revista familiar Viver Bem. Sua vida é sinônimo de perfeição, até o dia em que á abandonada pelo noivo por uma mulher mais jovem. A vida de Diana começa a se mostrar não tão perfeita assim.
Cole Harrison é um magnata, ele subiu na vida a custa de muito esforço. Mas para seguir em frente ele precisa se casar com uma moça impecável. Diana se torna a pessoa perfeita, e em meio a muito champagne ela aceita se tornar sua esposa num acordo para lá de complicado, contudo o acordo acaba saindo dos eixos.

Quando a Judith escreve um livro, é certeza de romance bom na certa! Primeiramente ela escreve livro enormes, e eu sou apaixonada por livro longos, com descrições bem feitas, enredo bem bolado e principalmente reviravoltas ao longo das páginas.

Como acontece na maioria dos livros há um pulo de tempo entre o começo e o conflito do livro. Neste não é diferente, o livro começa quando Diana ainda é adolescente e Cole ainda o cavalariço do vizinho. Mostra como eles se conheceram e como era a vida de Diana. Depois´há a passagem de tempo, e voltamos a história com os dois personagens principais bem sucedidos.

Cole, é um caso a parte, o típico personagem masculino perfeito. Daqueles que a gente se apaixona, que ama e odeia ao mesmo tempo. Em qualquer livro da Judith não há como não se apaixonar pelo personagem masculino, Cole é arrogante, sério, bem sucedido e lindo de morrer. Quando você acha que ele não tem coração, eis que o mesmo aparece nos pequenos atos que ele toma ao longo do livro.

Já Diana, é um pouco diferente das outras personagem femininas da Judith, talvez se parece um pouco mais com a Meredith do maravilhoso Em busca do Paraíso. A vida lhe ensinou a ser fria e calculista, ela nunca demonstra o que esta sentindo e leva sua carreira muito a sério. Ao longo do livro esperamos que sua mascara de perfeição caia, e quando isso acontece Cole esta lá para recolher os pedaços.

O livro é apaixonante, para quem ama romances vale a pena ser lido, cada página. Judith como sempre é impecável, faz descrições perfeitas e cria um cenário impressionante, na qual você mergulha inteiramente.

sexta-feira, 18 de março de 2011

{Resenha} Como fui esquecer você de Jennifer Echols


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A primeira vez que eu ouvi falar deste livro foi pelos tweets da Giu do Amount of Words. Sem mais esperar, encomendei dois livros da Jennifer Echols, Going too Far (já resenhado) e Forget You.

Estou colocando a foto em inglês, apesar do titulo ser do livro em português. Na época que eu o comprei e o li, não havia lançado a tradução ainda. E eu não consigo associar o titulo em português ao livro que eu li. Porque as palavras em inglês representam para mim exatamente a história. Mas, sorte para você leitora que não pode ler em inglês, que ha uma tradução disponível. Como fui esquecer você é inesquecível e aprimorável.

Para começar, os dois livros acima citados lidos e adquiridos tem uma das capas mais lindas que eu já tive a oportunidade de ver. Esta capa é tão linda e tão tocante ao mesmo tempo, que nos passa a imagem perfeita daquilo que foi o livro o livro para mim.

A vida de Zoey era perfeita, até o dia que seu pai larga sua mãe por uma mulher mais jovem e ainda por cima a engravida. Sua mãe incapaz de superar a separação tem um colapso nervoso. Para piorar tudo, ela sofre um acidente de carro e não se lembra nada do que aconteceu. O que Zoey estava fazendo, para onde ela estava indo e principalmente, por que Doug, com quem ela nunca se deu bem, parece estar mais próximo do que nunca dela?

“Last night doesn’t change that fact that you’ve hated me since the ninth grade.”

Como fui esquecer você, não é mais um YA Book, com uma bela história de amor e um final feliz. Apesar de eu amar livros com final feliz eu também amo livros que são reais e tocantes e que ao mesmo podemos nos sentir dentro da história e sentir tudo aquilo que o personagem esta sentindo.

“Doug, you’re my hero” pg 58

É profundo , é tocante e acima de tudo é maravilhoso de ser lido. Cada página.

Personagens bem construídos, conflitos, segredos tudo isso gira em volta de Como fui esquecer você. O livro passa tantas mensagens, uma historia de superação de vários personagens, não somente Zoey. Ela que sempre teve sua vida perfeita, não sabe como lidar com as mudanças que aparecem na sua vida, principalmente no que se refere a sua família. A mãe esta em depressão e o pai a sufoca, ela carece de amor e por vezes toma a decisão errada. Mas a vida é para isso, que disse que sempre acertamos. E este é um dos pontos do livro. O acidente de Zoey e sua amnesia temporária é o ápice para o seu descontrole, mas a doce presença de Doug ahhh Doug, ele é simplesmente perfeito a intriga e ao mesmo tempo a acalma.

“I’m having a hard time believing you” Zoey diz para Doug

Por causa das ações de Doug ela se pergunta o que realmente aconteceu no dia do acidente. Mas obter as respostas é cada vez mais dificil, e preocupante. Nós passamos boa parte do livro se perguntando o que realmente aconteceu, mas a história é tão fascinante que quando você menos espera passar a sofrer junto com Zoey e a torcer por Doug, que a parte ele é apaixonante, doce, sensível, ele não é perfeito, mas é isso que o torna tão especial. E a relação dos dois ao longo do livro é divertida, é espontânea e apaixonante.

Jennifer Echols escreve livros maravilhosos, e eu estou ansiosa pela oportunidade de ler The Boy Next Door e Endless Summer. Sem contar a vontade que eu fiquei neste exato momento de reler Forget You, porque a cada tag que eu fui olhando agora para fazer esta resenha me deu vontade de ler mais e mais. É esta a sensação maravilhosa que fica após ler o livro.

Thaís

segunda-feira, 7 de março de 2011

{Divagando} Quando fui criança




Hoje quando olho meu primo de 9 anos, e suas brincadeiras paro e penso como as coisas mudaram. A primeira coisa que ele faz é ter certeza que a televisão esta no canal Discovery Kids, depois ele pega o notebook e já sabe exatamente os sites que ele quer entrar para jogar, ver vídeos, ou qualquer outra coisa que as crianças gostam de fazer em um computador. Pega o Playstation 3 coloca  um joguinho qualquer de luta e de tentar matar alguém.



Como as coisas mudaram tanta desde a época em que eu era criança (e olha que nem faz tanto tempo assim!)

As vezes, quando paramos para pensar e observamos ao nosso redor vemos como as coisas mudaram.  O que me inspirou escrever este texto foi o fato de ter saído com a minha amiga para comprar um presente para o irmão dela, acabei relembrando passagens da minha infância que hoje eu já não vejo mais.

Passeando pela loja de brinquedos, ahhh como eu adoro loja de brinquedos!!! Parei em frente a um corredor vazio, não havia ninguém, nenhuma criança, nenhum pai procurando presente para  filho. Nada.



O corredor de jogos de tabuleiro. Sim!!! Jogos de tabuleiro!
De todos os tipos, para todos os gostos, alguns continuavam os mesmos, outros foram evoluindo com o passar dos anos, mas a essência se mantinha a mesma.

Quem que tem mais ou menos a minha idade nunca passou uma noite com os amigos jogando jogos de tabuleiro?

Durante boa parte da minha infância, incluindo quando eu morei e Florianópolis e também já aqui em São Paulo, reuníamos os amigos mais próximos, vizinhos na maioria. Já que eu fui da época em que eu brincava na rua com os vizinhos da mesma idade (coisa que hoje em dia é quase impossível principalmente aqui em São Paulo), cada final de semana na casa de alguém, cada semana um jogo diferente. Pegávamos muitas guloseimas, refrigerantes, salgadinhos; abríamos espaço na sala, sentávamos no chãos em roda e devamos inicio ao jogo.

Que jogos?

Quem nunca jogou Banco Imobiliário, se reunia em torno do tabuleiro, contava aquelas cédulas de dinheiro de mentirinha e fazíamos a festa comprando e vendendo imóveis. Jogando os dados, contando e contando mais dinheiro. Eu particularmente tinha uma paixão por aquelas notas. Tenho certeza que todo mundo já jogou banco imobiliário pelo menos uma vez na vida. Como que um tabuleiro amarelo com o nome de algumas ruas conhecidas pode nos prender por tanto tempo. E para surpresa geral,o jogo evoluiu conosco. Que deleite o meu ao ver na loja o Banco Imobiliário edição de luxo com direito a máquina de cartão de crédito, nada de dinheiro em papel, o mundo evoluiu e o jogo também! Vou dizer que minha mão ficou coçando para comprar o jogo e foi por pouco que não saquei meu cartão de crédito da bolsa e comprei o jogo.

A cada passo que eu dava no corredor via um jogo que fez parte da minha vida. WAR com suas incríveis estratégias de guerra, o famoso Jogo da Vida e o inesquecível Detetive e seus crimes misteriosos, lugares mais inusitados.



Ai que saudade que dá, e tristeza ao mesmo tempo saber que as crianças de hoje em dia não estão aproveitando a mesma coisa que nós quando éramos mais novas. Fiquei agora com necessidade de tirar os jogos de cima do guarda-roupa e chamar o meu primo lá do começo da história para jogar.

Isso sem contar os outros inúmeros brinquedos que ao longo do tempo estão sedo relegados ao esquecimento. Que meninas, hoje, você vê brincando de Barbie? E os meninos? Eles não sabem o que é um peão, ou como se joga bolinha de gude. Os tempos mudaram, completamente.




Muitos dizem que o novo ritmo de vida das famílias e o medo da violência, impede que a nova geração aproveite aquilo que nós tivemos oportunidade. Brincar de Barbie, jogos de tabuleiro, pega-pega na rua, rouba-bandeira, queimada entre outras tantas brincadeiras, as vezes simples, as vezes educativas.

O que começou com um texto em que iria falar somente das minhas saudades pelos jogos de tabuleiro, esta se tornando uma divagação sobre o novo modo de vida das crianças. Fico triste quando penso que o que as crianças mais querem hoje é um vídeo-game, um celular ou um iphone. Realmente os tempos mudaram, e nós acabamos mudando com eles.

Thaís
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