domingo, 17 de fevereiro de 2013

[DRD] #2 A Culpa é das Estrelas de John Green

A pergunta que não quer calar é: Por que eu ainda não tinha lido A Culpa é das Estrelas?

Eu tenho o livro na minha estante desde agosto, quando comprei ele numa promoção. Antes disso eu quase comprei o livro em inglês, afinal de contas a capa é mais do que bonita. Não preciso dizer a quantidade de vezes que me indicaram ler A culpa é das estrelas. Antes mesmo do livro ser publicado em português já havia uma legião de fãs por aí. E mesmo estando com o livro na minha estante desde agosto, simplesmente não o li. Os motivos foram muitos, primeiro estava terminando a faculdade, depois tinha mais um milhão de livros para ler, mas no fundo era porque eu sabia que era um livro triste. 

Mas resolvi incluir A Culpa é das Estrelas (ACEDE) no Desafio Realmente Desafiante, para ver se agora tomava coragem de ler o livro de vez. E finalmente consegui!!! O desafio cumprido com o livro foi:

9. Ler um livro cujo título tenha mais de 5 palavras.


Mesmo assim fui com muitas expectativas para a leitura do livro. Posso dizer que boa parte delas foram alcançadas, mas nem todas, infelizmente. Encarei a leitura de ACEDE com o tipo de concepção do que seria a história do livro, que acabou não sendo o que eu encontrei. 

Este foi o primeiro livro que li do John Green, mesmo tendo todos os outros dele aqui. Muitas pessoas me disseram que ACEDE é o melhor livro já escrito por ele, e que se eu pegar os títulos anteriores vou encontrar uma incrível diferença entre os livros. Apesar do que as pessoas disseram, eu considero o livro ótimo, mas nada que tenha conquistado meu coração e feito com que me apaixonasse pelo livro. Enquanto em alguns pontos eu adorei as passagens e principalmente o relacionamento da Hazel e do Gus, em outras eu achei as passagens extremamente maçantes.

Hazel Grace é uma paciente terminal que desenvolveu um tipo raro de câncer. Contra todas as expectativas, um novo tratamento conseguiu ampliar a sua sobrevida. Ela simplesmente sabe qual será seu fim e que talvez ele seja breve. Definitivamente ela vive numa corda bamba, simplesmente à espera. 
No grupo de apoio a crianças com câncer ela conhece Augustus Walters, um jovem que teve câncer nos ossos e como consequência teve que amputar uma das pernas. A amizade logo surge entre os dois e o que era para ser uma situação depressiva da-lhes a chance de viver.

Como vocês bem sabem meu histórico de dramas é meio complexo, então no fundo eu estava com medo do que encontraria. O livro trata de um assunto delicado que é o câncer  em suas diversas fases em diversos personagens. Infelizmente eu não sou avessa à essa doença, já vi de perto o que ela pode fazer com as pessoas, infelizmente pessoas próximas a mim. Algumas ela consome lentamente ao longo de anos, não dando ao paciente a cura, mas prolongando a sua existência,  outros passam por ela como se fosse algo passageiro, e mais alguns ganham um pingo de esperança após um primeiro tratamento e depois ela retorna avassaladora e em pouco tempo nos leva a pessoa querida.

Tentar entender como uma pessoas sucumbe a tal doença, é um trabalho que ninguém ousou fazer, nem mesmo John Green. Agora saber viver a aceitar as circunstancias que a vida lhe deu é o grande trunfo desse livro. Saber aproveitar o que a vida te proporciona, viver seus momentos como se fosse o ultimo e dar a oportunidade de realmente viver. O livro nos toca ao ponto de nos mostrar, que devemos agradecer a cada momento por sermos saudáveis, que reclamamos de boca cheia e que não sabemos o que é a vida até vermos ela passar na nossa frente sem que nos aproveitemos dela.

Para mim a história desse livro é definida no ditado citado logo nas primeiras páginas. 

"Senhor, dê-,e serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que posso, e sabedoria para reconhecer a diferença entre elas." p. 16


Mas o mais importante para mim, foi não ter encontrado o que eu esperava da leitura. Principalmente do final do livro, que não foi nada do que eu esperava antes da leitura, mas que suspeitei ao longo da leitura com as diversas dicas que o John deu ao incluir um outro livro na qual a Hazel é fã. Para mim o fim foi quase perfeito, não foi feliz, obviamente, mas foi real. Se tivesse sido de outra maneira, acho que jamais conseguiria fazer essa resenha.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

{E assisti} O Lado Bom da Vida




Em meio a corrida para o Oscar, O Lado Bom da Vida me chamou a atenção pelo estardalhaço que fez em Hollywood. Pelas diversas boas criticas às atuações e ao bom roteiro, e depois das premiações como melhor atriz que Jennifer Lawrence recebeu, como o Globo de Ouro, pela atuação nesse filme, fiquei morrendo de vontade de assistir.

O trailer do filme, nos chama para uma comedia romântica com toques de humor, mas o que temos na tela do cinema é literalmente uma montanha russa de emoções, refletindo os pontos altos e baixos que o personagem principal passa.

Na sessão mega lotada da meia noite, lá estava eu na noite de estréia do filme. E vamos combinar que demorou para estrear, já que para variar algumas coisas ainda demoram para chegar por aqui. Mais um pouco o filme não estreava antes da exibição do Oscar, assim como outros filmes.

Em O Lado Bom da Vida, Pat recém saído de uma clínica psiquiatra tenta recuperar sua antiga vida. Ele não sabe quando tempo passou na clinica e nem exatamente o que aconteceu. Tudo o que ele quer é voltar a sua vida normal e principalmente reconquistar a sua esposa Nikki.
Acontece que as coisas não são tão simples quanto ele planeja, e em meio a sua recuperação ele tem que encarar a desconfiança da família e amigos e a entrada de novas pessoas em sua vida como Tiffany, que é tão perturbada quanto ele.

Minha opinião sobre o filme é meio controversa, e infelizmente não li o livro para fazer demais comparações, então não vou entrar no mérito da adaptação literária. Mas o que posso dizer do filme, que para muitos ele pode não passar de uma comédia romântica, para outros será apenas um romance, mas para aqueles com maiores percepções verá que o filme trata de tudo um pouco de forma delicada.

E foi exatamente dessa forma que encarei, esperando mais um romance do que qualquer outra coisa, assisti à um filme que aborda diversos aspectos do cotidiano, mostrando as banalidades da família americana. Ao mesmo tempo o filme tenta dar um toque de drama com os altos e baixos do personagem Pat. A bipolaridade do personagem principal se torna eminente na montanha russa de sensações que temos ao longo do filme. Ora um drama, ora um romance, ora comédia. Nas entrelinhas há todos os ponto polêmicos da sociedade media americana.

O filme tem cara de filme independente, principalmente por causa da composição das cenas, com câmeras desfocadas, ou que balançam junto com os personagens. Na verdade esse foi o ponto que mais me incomodou ao longo do filme, já que não curto muito esse tipo de filmagem, e esperava algo mais produzido. Outro ponto é que o barulho que fizeram com a atuação de Jennifer Lawrence, graças aos seus prêmios, ao meu ver não se justifica. Sua atuação esta obviamente excelente, mas também não considero além das expectativas para ser melhor atriz, também não vi as outras atrizes para fazer tal comparação.

Já Bradley Cooper, lembrado eternamente pelos filmes Se Beber Não Case, Robert De Niro e Cris Tucker estão impecáveis. Principalmente Bradley, que mostrou que não é só mais um rostinho bonito e que tem muito talento.

Mas o grande triunfo do filme é a sua simplicidade, como uma história simples sendo interpretada nas excelentes performances de todo o elenco, consegue colocar um filme que tinha tudo para ser um fracasso em um sucesso de critica. Nada de super efeitos especiais dos blockbusters que rondam pelo cinema atualmente, coloque um bom roteiro na mão de bons atores e você terá O lado bom da vida.
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