Estava eu na sala de aula, intervalo entre as aulas. Quando a Tássya, minha amiga e colega de facul me aparece com a revista Gloss.
A revista apareceu depois de um longo papo sobre pintar ou não pintar o cabelo.
Enfim ela chegou com a revista, e eu logo comecei a folheá-la. Sem pretensões nenhuma e sem maldade. (Sim... minha alma é pura algumas vezes!). Foi quando ela me disse que mudaram as estagiarias/funcionarias e que ela tinha odiado a nova parte de moda da revista. Eu fiquei tipo “nem sei... não leio essa revista mesmo”, daí ela me explicou melhor, dizendo que elas prometiam nos dar dicas de roupas legais com um preço que caiba no nosso bolso. Daí eu voltei a sessão de moda e .... achei as roupas SUPERRR baratas!!! (Até parece!)
Bom, hoje então irei divagar sobre isso e um pouco mais.
Pegando a revista Gloss, que em toda minha vida eu devo ter lido 3 ou 4 edições. Já que ela não me atrai. Acho que a revista é voltada para um publico que não é mais adolescente, como os leitores da Capricho e Atrevida, e nem tão adulto como Marie Claire e Boa Forma. O que me encaixaria nessa faixa etária, mas simplesmente não curto a revista. Falta algo nela, talvez umas reportagens mais legais que atraiam o publico.
Falar sobre o que eu não gostei da revista, e destilar meu veneno nela foi inicialmente uma idéia da Tassya, que acha que meus talentos de escritas devem ser voltados para assunto mais legais do que política.
Bom eu ainda vou falar da revista, mas simplesmente quando eu peguei ela, lembrei imediatamente dos tempos da escola (e isso não faz muito tempo!), quando eu comprava varias revistas, principalmente a Atrevida
e a Capricho
ícones dos pré-adolescentes/ adolescentes. Na qual a galera, entenda-se por galera como as meninas, se reuniam em torno da revista no intervalo da escola
e fazíamos aqueles testes malucos do tipo: “Você seria uma namorada ciumenta?”, “Qual é o seu tipo de menino?”, “Será que ele está afim de você?”, e simplesmente nos deleitávamos ou riamos com os resultados mais estranhos que davam, as vezes até acreditávamos em tudo. E o ritual de sempre, que eu ainda cumpro de vez em quando, ao abrir a revista e ir SEMPRE a ultima página e olhar o horóscopo, na qual, esse sim acreditávamos fielmente na época.
Esses simplesmente eram tempos muito bons. Na qual já passou. Hoje em dia eu nem compro mais revista direito, só tive uma recaída quando eu fui pra Florianópolis e comprei uma edição da Atrevida pra passar o tempo no ônibus na viagem de volta. A edição tinha a Selena Gomez na capa, e descobri que ela (a revista) já não me encanta mais como antigamente. Uma pena realmente, às vezes é bom não crescer e manter a mente pequena. (ironia)
Voltando ao assunto inicial, na qual eu disse que ia escrever sobre a edição desse mês da revista Gloss, na qual esta na capa a Daniele Suzuki, que faz a médica chatinha da novela da oito da Globo, Viver a Vida, totalmente irreconhecível. Entenda por irreconhecível... feia.
Bom, logo naquela parte em que a redação manda o recado pro público, começa o problema... ao meu ver. Dizendo que entraram duas novas garotas pra turma que edita a revista.
“A peça mais cara no armário de fulana [...], é um vestido Alexandre Herchcovitch comprado em um bazar por $300. Nas araras de cicrana [...] o item de longe mais luxuoso é um sobretudo de oncinha que custou $450, comprado em um brechó.”
Tá legal, nada contra quem adora e PODE gastar fortunas com um vestido. Se bem que eu jamais pagaria isso nessas peças de roupa... ainda mais no segundo caso, na qual você se desloca até um brechó, onde você espera encontrar roupas mais baratas, porque se for pra pagar $450 reais num sobretudo velho, é melhor ir até o Shopping e comprar um novinho (abro uma exceção aqui se a peça for vintage* ou algo do tipo, o que eu acho bem difícil), levando ainda em consideração que em São Paulo e no Brasil são raríssimas as ocasiões em que você conseguirá usar um sobretudo sem morrer de insolação, ainda mais sendo de oncinha. Fico imaginando a cena.
Continuando a carta pros leitores da revistas:
“[...] Garotas GLOSS por excelência, elas sabem que dá pra se descolar – e com louvor – com roupas que não custam o mesmo que uma viagem de férias.”
Sim eu sei que dá pra descolar roupas bem legais sem gastar muito. Qualquer um consegue ir na C&A ou na Renner e conseguir um look bem fashion sem gastar muito e ainda pode parcelar tudo em 5x sem juros no cartão da loja (promessa das vendedoras). Pra quem é mais fresco pode ir na Zara comprar roupas estilosas e parcelar tudo no cartão de crédito. Depois é só se virar e pagar a fatura do cartão.
Agora se sai mais barato que uma viagem de férias é outra história. Eu por exemplo, com o dinheiro do sobretudo, consigo passar uma semana em Florianópolis curtindo a praia. Se juntar a peça de roupa das duas meninas ainda da pra curtir mais ainda, indo pra umas baladinhas em Jurere Internacional e na Lagoa da Conceição. Mas se você é mais pobre, consegue ir até a Praia Grande (Ecaaa) “curtir” uns dias de sol.
Continuando...
“a [...] equipe costuma procurar alternativas de marcas que conseguem ser alternadas sem vender produtos que só podem ser usados pela, sei lá, Athina Onassis.”
Até parece que a Athina ia usar qualquer coisa que aparecesse em revista. Só se fosse um catalogo, sei lá, do Valentino ou Channel, ela PODE usar coisas exclusivas e carérrimas.
“[...] Nas seções que abrem a revista, e nos ensaios, elas (as novas garotas das roupas, primeiramente citadas) mesclam uma grande maioria de itens mais baratos com alguns poucos objetos de desejo [...] sem perder de vista que encontrar um estilo não tem nada a ver com gastar tubos (de dinheiro) [...]”
Eu vou te contar o que tem nas seções de moda da revista. O que há de mais barato é uma meia da Lupo... feinhaa... nem vale a pena comprar. Um delineador de 121 reais. Um mini bolero de 425 reais, mini bolero esse que esta mais pra ombreira do que pra bolero. E uma matéria sobre leggins, na qual todas elas estão bem carinhas, e estão mais para cara de meia-calça. E com o preço que está na reportagem eu consigo comprar duas calças jeans na M. Officer.
O que eu vim dizer, ou no caso escrever aqui, é que a revista de nada cumpriu a promessa de nos mostrar como comprar peças legais com preços variados, na qual o publico que realmente lê a revista, que não sou eu no caso, possa pensar em comprar as peças que sempre estão lindas nas fotos. Talvez devêssemos levar essas novas funcionárias a umas lojas mais populares. Ou talvez eu deva tentar ganhar mais dinheiro.
Bom, não me julguem por esse post. Fui bem malvada. Mas eu dedico todo esse veneno a Camila e a Tassya, minhas inspiradoras.
*Moda vintage é uma moda retrógrada, uma recuperação de estilos dos anos 1920, 1930, 1940, 1950 e 1960.
Amei seu post (antigo mas só li agora!)
ResponderExcluirmt bem humorado e carregado de acidez que me agrada! Sabe, eu na verdade faço 'coleçao' de Gloss, mas pra ser sincera tb não é uma revista que eu ache acessivel! Esse mes mesmo eu comprei a resvista e achei tão blé... sei lá, acho que não to num mes de revista, todas que comprei achei sem graça... Bem, eu estou na faixa Gloss mas ainda compro Capricho embora seja so pq eu gosto de ver imagens lindas e produções de moda inacessíveis pq tb não ando achando tão legal quanto ja achei.. Enfim, um dia a gente cresce né.. rs
Acho que de forma geral é dificil ver moda a preço pop em revistas a não ser qnd elas fazem aquelas reportagens especiais de 'moda de multimarca' ou nessas revistas de dona de casa tipo Malu e Ana Maria! rs
bjs
Hey Evellyn!