terça-feira, 4 de maio de 2010

{Vivendo} Em que nivel estamos?

Fiquei mais tempo do que o normal sem escrever nada aqui. Não foi por falta de tempo ou de idéias. Na verdade eu passei meu tempo livre lendo (tirando o tempo que eu passo estudando ou na monitoria da faculdade). Isso me lembra que eu não contei sobre a monitoria, agora eu fico três vezes por semana na faculdade ajudando quem tenha duvida em Matemática, só falta aparecer às pessoas.

O fato é que eu me empolguei novamente lendo um livro. Desta vez foi “Em busca do Paraíso” da Judith McNaught, mais um maravilhoso romance de uma das minhas autoras favoritas. Bom, eu acabei de ler o livro hoje, por isso finalmente consegui um tempinho para dedicar ao blog. Mas hoje eu não vim falar de livros. Vou falar de outra coisa.

Esse final de semana fiz um passeio cultural com a minha mãe. Quando eu era mais nova costumava fazer muito isso com ela. Bom, no sábado fomos a Pinacoteca e a Estação Pinacoteca. Fazia tanto tempo que eu havia ido lá que tinha até me esquecido como era. Eu teria varias fotos legais para colocar aqui, mas a minha mãe fez o favor de perder a máquina fotográfica no museu, então sem comentários.



Muitas pessoas não conhecem esse meu lado, mas eu sou uma amante da arte. Afinal de contas com três tias que pintam quadros, um tio que desenha retratos, uma tia que é professora de artes, padrinho e madrinha que também pintam, e uma mãe que além de dar aulas de arte também pinta quadros e faz artesanato eu nem tive muita influencia. Admito que quando era mais nova gostava muito mais de arte, eu adoro desenhar, principalmente paisagens e já até pintei quadros (tenho três quadros de flores devidamente expostos no banheiro de casa).

Estar no museu me lembrou de bons momentos e muita admiração as devidas obras. Mas estando lá observei uma coisa muito estranha, ou não.

Como muitos devem saber, eu suponho. Aos fins de semana a entrada na Pinacoteca é gratuita, então qualquer um que quiser é só ir, entrar e admirar. Mas o tipo de público que comparece é ironicamente aquele que pode pagar pela entrada. Nada de pessoas simples, o que vi lá foi outro nível de gente.

Logo me lembrei de uma moça para qual eu trabalhei num evento para noivas, ela disse assim pra mim “Thaís, para saber se a pessoa tem condições de comprar um vestido, primeiro você olha pra bolsa e depois pro sapato ai você saberá.” E realmente eu sei. E digamos o que eu vi lá foi um pequeno desfile de grifes.




Daí eu me pergunto, porque as pessoas que não tem muito dinheiro se privam de um programa tão bom sem motivo algum? Talvez seja a alienação, falta de interesse pela cultura ou total falta de informação. E quando essas pessoas vão a maioria (não estou generalizando), não presta o devido respeito as obras. Acha tudo a maior chatice e perca de tempo e preferia gastar seu tempo com outra coisa.



E isso começa desde a infância. Segundo minha mãe, quando ela leva as crianças (pentelhos) ao museu em excursões pela escola ela diz que simplesmente é um inferno. Aos 10, 11 anos todas já têm a mente tão alienada que não suportam esse tipo de passeio. Talvez esse seja o futuro de amanha.

Pessoas que não param para admirar o talento do artista ao desenhar, pintar ou moldar. Não consegue captar os detalhes das pinceladas a mistura de cores ou o significado histórico e emocional de cada obra. Fecha-se em um mundo que só interessa a si mesmo e não aproveita as oportunidades que estão a sua frente.

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